BCP e PT pressionam bolsa nacional (act)

A bolsa nacional encerrou a cair, em linha com as congéneres europeias, pressionada pelo Banco Comercial Português, pela Portugal Telecom e pela Sonae que fechou em queda superior a 1% pela segunda sessão consecutiva. O PSI-20 deslizou 0,63% com a Cimpor
Ana Filipa Rego 30 de Novembro de 2004 às 17:09

A bolsa nacional encerrou a cair, em linha com as congéneres europeias, pressionada pelo Banco Comercial Português, pela Portugal Telecom e pela Sonae que fechou em queda superior a 1% pela segunda sessão consecutiva. O PSI-20 deslizou 0,63% com a Cimpor a travar perdas maiores.

O principal índice da bolsa nacional cotou nos 7.523,10 pontos, com duas acções a subir, 11 em queda e sete inalteradas, numa sessão em que foram negociados 106,6 milhões de euros, mais 4,68% do que na anterior. Na Europa o dia também foi de quedas, com o novo máximo do euro e subida do petróleo a pressionar.

PUB

O Banco Comercial Português (BCP) [bcp], que cai há três sessões consecutivas, foi o título que mais pressionou o índice português, com uma desvalorização de 1,05% para os 1,88 euros. O Banco BPI [bpin] também recuou 0,65% para os 3,06 euros, enquanto o Banco Espírito Santo (BES) [besnn] perdeu 0,75% para os 13,30 euros. A Espírito Santo Financial Group, «holding» que controla o BES, duplicou os resultados líquidos relativos aos nove primeiros meses do ano, para 32,3 milhões de euros, impulsionados quer pela actividade bancária como seguradora, anunciou hoje a entidade.

O Millennium bcp investimento reviu em baixa as estimativas de 2005 para os lucros por acção do BES e do Banco BPI, com o analista Pedro Mendes a reiterar a recomendação de «reduzir» para o BES e a cortar o preço-alvo do BPI em cinco cêntimos, mantendo a recomendação de «comprar».

A Portugal Telecom [ptc] também contribuiu para a tendência do índice com um deslize de 0,56% para os 8,90 euros, enquanto a PT Multimédia [ptm] ficou estável nos 17,90 euros. O Millennium bcp diz que a notícia de que a Anacom não vai para já impor a separação da rede de cabo do Grupo PT «é uma notícia positiva para a Portugal Telecom, após algumas semanas de ‘newsflow’ negativo na rede fixa, dado que retira alguma pressão sobre este tema».

PUB

As acções da Portugal Telecom e da PT Multimédia são as que têm o maior potencial de valorização até ao final deste ano, segundo o banco de investimento do BCP. Os outros três títulos que integram a lista são o BPI, Novabase e EDP, com potenciais de subida de 15%, 14% e 12%, respectivamente. A Novabase caiu 0,49% para os 6,05 euros e a EDP deslizou 0,45% para os 2,23 euros.

Ontem foi divulgado que a procura de novas acções no aumento de capital da EDP, que foi totalmente subscrito, mais que duplicou a oferta, com 95,1% dos títulos disponíveis a serem subscritos através do exercício dos direitos e com os pedidos de rateio a totalizarem 842,72 milhões de acções.

A Sonae SGPS [son] fechou a cair mais de 1% pela segunda sessão consecutiva com uma desvalorização de 1,98% para os 0,99 euros e a Soneacom [scn] ficou estável nos 3,53 euros.

PUB

A travar perdas maiores ficou a Cimpor [cimp] com ganhos de 0,48% para os 4,17 euros bem como a Gescartão que subiu 0,57% para os 10,56 euros. A Semapa [sema] caiu 0,72% para 4,15 euros.

As vendas de cimento desceram 20,2% em Outubro, elevando a quebra acumulada este ano para 2,6%, anunciou ontem a Associação Nacional de Empreiteiros e Obras Públicas, que atribui às incertezas dos Orçamento do Estado para 2005.

O sector «media» fechou negativo com a Impresa [ipr] a depreciar 0,96% para os 5,17 euros, corrigindo dos ganhos de ontem quando alcançou o valor máximo desde Março 2001 nos 5,37 euros. A Media Capital e a Cofina [cofi] perderam 1,47% para os 5,37 euros e 0,80% para os 3,70 euros, respectivamente.

PUB

As acções da Reditus fecharam a subir 1,24% para os 2,45 euros, depois do Jornal de Negócios ter noticiado que a empresa deve substituir a Teixeira Duarte do PSI-20.

Pub
Pub
Pub