Bolsa cai pressionada pela EDP e pela banca

A bolsa nacional depreciava, numa desvalorização inferior às congéneres europeias, pressionada pela EDP e pela banca. O PSI-20 perdia 0,20% com a PT, que contrariava o sector, a travar perdas maiores.
Ana Filipa Rego 20 de Janeiro de 2005 às 12:43

A bolsa nacional depreciava, numa desvalorização inferior às congéneres europeias, pressionada pela EDP e pela banca. O PSI-20 perdia 0,20% com a PT, que contrariava o sector, a travar perdas maiores.

O principal índice da bolsa nacional cotava nos 7.803,65 pontos com 12 acções em queda, seis inalteradas e apenas duas a valorizar.

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As praças europeias perdiam, a reflectirem as quedas dos índices norte-americanos que ontem foram pressionados pelas apresentações de resultados aquém das estimativas dos analistas.

Para Pedro Santos do BCP Investimento, a desvalorização «tem sobretudo a ver com o facto das empresas estarem a reduzir as previsões de crescimento para este ano».

A Energias de Portugal [edp] era o título que mais pressionava a bolsa nacional com uma queda de 0,45% para os 2,23 euros. A Associação Portuguesa das Energias Renováveis (Apren) e o Ministério das Actividades Económicas, liderado por Álvaro Barreto, chegaram ontem a acordo sobre alterações às tarifas para o sector, após dois dias e meio de negociações, segundo o «Público» de hoje.

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A banca também pressionava o principal índice com o Banco BPI [bpin] a perder 0,64% para os 3,09 euros e com o Banco Espírito Santo [besnn] a depreciar 0,53% para os 13,12 euros. Ontem o banco BPI foi o título que mais impulsionou o índice depois da Lisbon Brokers ter revisto em alta a recomendação para as suas acções de «compra» para «forte compra», elevando ainda o preço-alvo para o final deste ano, em 19%, até aos 3,65 euros.

O Banco Comercial Português [bcp] seguia inalterado nos 2,02 euros. Os resultados do polaco Bank Millennium, controlado pelo BCP, aumentaram 488% favorecidos pela venda, no mês passado, de 10% da seguradora PZU.

Os lucros do banco passaram para 53 milhões de euros face ao período homólogo, revelou o BCP em comunicado. Segundo Pedro Santos «os investidores devem estar à espera dos resultados da instituição bancária liderada por Jardim Gonçalves – que saem na próxima semana – para reagirem».

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A PT Multimédia [ptm] também perdia 0,72% para os 19,20 euros depois de ter valorizado ontem com os analistas do Millennium bcp a defenderem que «é positivo para a PT Multimédia que apareçam muitos interessados [na Lusomundo Media], pois dessa forma poderá valorizar melhor a sua posição».

A Portugal Telecom [ptc] contrariava não apenas a tendência do PSI-20 mas também a do sector, com uma valorização de 0,22% para os 9,29 euros.

Para o operador referido «esta tendência contrária à do sector tem que ver com o facto da PT não ter acompanhado os ganhos dos últimos meses das telecomunicações», que corrigem agora, enquanto a maior operadora de telecomunicações portuguesa avança.

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A Cofina [cofi] também subia 2,51% para os 4,09 euros, depois de ter alcançado o máximo de Março de 2000 nos 4,12 euros. O BPI subiu o preço-alvo da Cofina de 3,3 para cinco euros e elevou a recomendação da empresa de «acumular» para «comprar», perspectivando uma melhoria nas margens da empresa, que deverá continuar a beneficiar do comportamento positivo do mercado publicitário.

Para Pedro Santos, a Cofina «beneficia não apenas do facto de haver muitos interessados na Lusomundo Media da qual detém 19%, o que é positivo para a empresa, mas também do facto de ir oficializar o ‘spin-off’ em Março próximo».

O restante sector de «media» seguia inalterado com a Media Capital [mcp] a cotar nos 5,40 euros e com a Impresa [ipr] a valer 5,70 euros.

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A Sonaecom [scn] perdia 0,75% para os 3,99 euros, depois de já ter renovado o máximo de Maio de 2001 ao tocar nos 4,03 euros. A apreciação da empresa poderá estar igualmente associada ao interesse já demonstrado nos activos da Lusomundo.

Paulo Azevedo, presidente da Sonaecom, disse ao Jornal de Negócios ter solicitado informação sobre o processo de venda da Lusomundo Media. A Sonaecom junta-se assim a um extenso rol de empresas que procuram entrar ou reforçar o seu «porfolio» na área da comunicação social.

A Brisa [brisa] também renovou hoje o recorde histórico, ao subir para os 6,99 euros. A concessionária de auto-estradas seguia a desvalorizar 0,29% para os 6,976 euros.

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