UE emite 15 mil milhões no segundo leilão para financiar plano de recuperação. A 5 anos a taxa foi negativa
A União Europeia (UE) emitiu mais 15 mil milhões de euros num duplo leilão realizado nesta terça-feira, que marca a segunda chamada ao mercado por parte da instituição para financiar o NextGenerationEU, o programa de recuperação económica desenhando para a região sair da crise provocada pela covid-19. De acordo com Bruxelas, nesta operação foram colocados 9 mil milhões de euros na emissão com maturidade a cinco anos (julho de 2026) e uma taxa de juro negativa nos -0,335%, com a procura a superar os 88 mil milhões de euros, ou seja, cerca de mais de 10 vezes face à oferta. Esta taxa representa uma subida de 22 pontos base face à "yield" das obrigações alemães (Bund) com a mesma maturidade. Além deste leilão com um vencimento a um prazo mais curto, a UE conseguiu colocar mais 6 mil milhões de euros na emissão com maturidade a 30 anos (julho de 2051), com uma "yield" de 0,732%. Também aqui os investidores disseram "presente", com a procura a atingir os 83 mil milhões de euros, quase mais 14 vezes do que a oferta. Em termos de comparação, a taxa de juro aqui definida é 39,9 pontos base acima dos juros germânicos com a mesma maturidade. À imagem do que se verificou na primeira emissão, em que Bruxelas colocou 20 mil milhões de euros mas a procura excedeu os 140 mil milhões, também nesta segunda tranche houve uma corrida por parte dos investidores, com a procura total a chegar perto dos 170 mil milhões de euros, mais de 11 vezes face à oferta. "
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De acordo com Bruxelas, nesta operação foram colocados 9 mil milhões de euros na emissão com maturidade a cinco anos (julho de 2026) e uma taxa de juro negativa nos -0,335%, com a procura a superar os 88 mil milhões de euros, ou seja, cerca de mais de 10 vezes face à oferta. Esta taxa representa uma subida de 22 pontos base face à "yield" das obrigações alemães (Bund) com a mesma maturidade.
Além deste leilão com um vencimento a um prazo mais curto, a UE conseguiu colocar mais 6 mil milhões de euros na emissão com maturidade a 30 anos (julho de 2051), com uma "yield" de 0,732%. Também aqui os investidores disseram "presente", com a procura a atingir os 83 mil milhões de euros, quase mais 14 vezes do que a oferta. Em termos de comparação, a taxa de juro aqui definida é 39,9 pontos base acima dos juros germânicos com a mesma maturidade.
À imagem do que se verificou na primeira emissão, em que Bruxelas colocou 20 mil milhões de euros mas a procura excedeu os 140 mil milhões, também nesta segunda tranche houve uma corrida por parte dos investidores, com a procura total a chegar perto dos 170 mil milhões de euros, mais de 11 vezes face à oferta.
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Esta operação traduz-se da seguinte forma: os investidores vão emprestar à Comissão Europeia 9 e 6 mil milhões de euros durante os próximos 5 e 30 anos , respetivamente, para financiarem o seu pacote de apoio orçamental. Em troca, recebem o juro que está adjacente a esta operação. No caso da emissão a 30 anos recebem uma taxa de 0,732%, mas na maturidade mais curta estão a pagar (-0,335%) à UE para lhe emprestar dinheiro. A emissão foi conduzida pelos bancos Credit Agricole, Deutsche Bank, JP Morgan, UniCredit e Goldman Sachs, com o BBVA e o Erste Bank a atuarem como co-condutores.
A emissão foi conduzida pelos bancos Credit Agricole, Deutsche Bank, JP Morgan, UniCredit e Goldman Sachs, com o BBVA e o Erste Bank a atuarem como co-condutores.
UE já levantou 35 mil milhões
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A UE levantou até ao momento 35 mil milhões de euros para financiar a recuperação económica na região, depois de a primeira emissão ter sido a maior alguma vez realizada em termos institucionais na Europa e o valor mais alto que Bruxelas alguma vez angariou de uma só vez.
Os fundos serão utilizados para os primeiros pagamentos ao abrigo do programa orçamental, incluindo o Mecanismo de Recuperação e Resiliência e vários programas orçamentais da UE financiados pela NextGenerationEU. O primeiro uso dos fundos que foram levantados até ao momento ocorreu ontem, dia 28 de julho, com a Comissão Europeia a investir 800 milhões de euros no REACT-EU (Assistência de Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa, em português).
Até ao final de julho deste ano está prevista mais uma emissão de dívida intermediada por uma série de bancos - que recebem por angariarem investidores que entrem na operação - por parte da Comissão Europeia. O financiamento do cheque orçamental extraordinário desenhado por Bruxelas irá decorrer até 2026, sendo que se seguirá uma série de outros leilões de dívida até essa data.
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Estima-se que até dezembro deste ano seja emitida dívida no valor de 80 mil milhões de euros, o que equivale a cerca de 10% do montante definido no Fundo de Recuperação.
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