Uso da Bitcoin na dark web deverá atingir recorde de mais de mil milhões em 2019
Embora a proporção de transações com Bitcoin para compras ilegais esteja a diminuir, já foram gastos cerca de 515 milhões de dólares da moeda digital no primeiro semestre deste ano na chamada dark web, segundo a Chainalysis, que ajuda empresas como bolsas de criptomoedas a investigar e prevenir operações ilegais.
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Os gastos com Bitcoin na dark web atingiram um pico em 2017, de 872 milhões de dólares, e diminuíram no ano passado, quando a moeda registou uma forte desvalorização.
Os resultados destacam os riscos regulatórios relacionados com as moedas digitais, que são muito procuradas por criminosos que procuram manter algum grau de anonimato.
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No mês passado, a Financial Action Task Force - uma organização intergovernamental focada no combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo - começou a exigir medidas rigorosas de identificação dos clientes aos mercados de criptomoedas. Também em junho, a Europol manteve contactos com empresas de criptomoedas para trocar dicas sobre as melhores práticas na deteção de crimes praticados com moedas digitais.
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De todos os marketplaces ilegais online, o Hydra é o maior, segundo a Chainalysis, que examinou as transações na blockchain da Bitcoin para identificar o valor gasto nesses sites.
As drogas são o produto mais vendido, mas a pornografia infantil e as informações de cartões de crédito roubadas também têm muita procura, segundo a Chainalysis. Nesses mercados, a Bitcoin é a criptomoeda mais popular, seguida pelo Monero.
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Embora o crescimento dos gastos ilícitos com Bitcoins possa ser alarmante, a proporção de transações com Bitcoin relacionadas com negócios ilícitos tem vindo a diminuir. A atividade ilegal foi responsável por menos de 1% de todas as atividades com a Bitcoin até agora, este ano, o que compara com 7% em 2012, segundo Hannah Curtis, responsável da Chainalysis.
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