IMF – BCE manteve taxas de juro inalteradas
O BCE manteve as suas taxas de juro inalteradas nos 2%, numa decisão unânime. A instituição prevê agora uma inflação média de 2.1% em 2025, 1.9% (vs 1.7% em setembro) em 2026, 1.8% (vs 1.9%) em 2027 e 2% em 2028, e prevê um crescimento da Zona Euro de 1.4% (vs 1.2%) em 2025, 1.2% (vs 1.0%) em 2026 e 1.4% (vs 1.3%) em 2027 e 2028. O Banco Central espera que o crescimento seja apoiado pela procura interna. Christine Lagarde, presidente do BCE, afirmou que a economia e as exportações permanecem resilientes e que o investimento está a crescer devido à IA. Os salários surpreenderam em alta, mas o BCE espera uma redução ligeira. Acrescentou que as perspetivas para a inflação continuam mais incertas que o costume e que um euro mais forte poderá pesar sobre a inflação. Apesar do alívio das tensões comerciais, o ambiente global permanece incerto, pelo que o BCE não pode dar indicações sobre decisões futuras. Lagarde reiterou que o Banco Central está num “bom local”, o que não significa que está “estático”, e que existe um consenso de que as opções devem ser deixadas em aberto.
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O Eur/Usd teve uma semana volátil, tendo iniciado a mesma com uma tendência positiva, renovando máximos de setembro ligeiramente acima dos $1,18, onde poderá ter estabelecido um novo “topo” de curto prazo. No entanto, nas sessões seguintes o par inverteu a tendência inicial e aproximou-se do seu suporte presente nos $1,17, estando atualmente a negociar pelos $1,1710. O indicador MACD do Eur/Usd encurtou ligeiramente o seu sinal de compra e a média móvel de 200 dias está agora acima dos $1.15.
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O Banco da Inglaterra (BoE) cortou as taxas de juro de referência em 25 pontos base, de 4% para 3.75%, numa votação com 5 votos a favor e 4 votos em prol de uma manutenção das taxas. Este foi o 4º corte de taxas do BoE em 2025. Os 4 membros dissidentes justificaram a sua decisão com a preocupação de a possibilidade de a inflação permanecer elevada. O Governador da Instituição, Andrew Bailey, comentou que o BoE continua a acreditar que as taxas de juro estão num “caminho gradual de descida”, mas que “a cada redução que fazemos, torna-se mais difícil determinar até onde podemos ir”. Bailey acrescentou que ainda não viu provas de uma desaceleração mais acentuada no mercado de trabalho, mas também observou que as expectativas de inflação não caíram significativamente até agora.
O Eur/Gbp tem procurado acompanhar a sua linha de tendência ascendente (vermelha) ao longo das últimas semanas. Contudo, no início desta semana, o par quebrou em baixa essa linha, aproximando-se do seu suporte nos £0,8750, nível que chegou a ser quebrado de forma momentânea. Atualmente o par transaciona ligeiramente acima desse suporte. Nas próximas sessões, será relevante perceber se consegue voltar a acompanhar a linha de tendência ascendente ou se irá testar novamente o suporte nos £0,8750.
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O petróleo recuou nas primeiras sessões da semana, devido a preocupações contínuas com o excesso de oferta e à medida que as perspetivas de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia pareciam fortalecer-se, aumentando as expetativas de que as sanções poderiam ser atenuadas. A queda foi interrompida após Donald Trump, ter ordenado o bloqueio de todos os petroleiros sob sanções que entrassem ou saíssem da Venezuela, aumentando as tensões políticas globais.
O preço do petróleo registou mais uma semana negativa, tendo renovado mínimos de fevereiro de 2021 pelos $55/barril na terça-feira. Posteriormente, o preço de petróleo consegui recuperar ligeiramente, permanecendo, no entanto, abaixo dos $57/barril. O preço do petróleo tem acompanhado uma linha de tendência descendente desde finais de julho.
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No início da semana passada, o preço do ouro beneficiou dos dados do emprego dos EUA, que apontaram um mercado de trabalho enfraquecido, e da escalada das tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a Venezuela. No entanto, na quinta-feira, o preço do ouro corrigiu ligeiramente, com o mercado a digerir os dados da inflação abaixo do esperado.
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O preço do ouro deu continuidade à tendência positiva das últimas semanas, renovando os máximos de outubro nos $4374/onça e aproximando-se dos máximos históricos, situados nos $4381/onça. Neste contexto, o ouro, que ronda agora os $4340/onça, poderá atingir um novo máximo histórico ao longo das próximas sessões.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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