IMF – FED cortou taxas; BCE manteve
FED cortou taxas; BCE manteve; Banco do Canadá reduziu taxas, como o esperado; Petróleo estabilizou; Ouro em mínimos de 3 semanas.
| FED cortou taxas; BCE manteve
A FED cortou a taxa de juro de referência em 25 pontos base para um intervalo de 3.75% a 4.00%, como o esperado, numa decisão com 10 votos a favor e 2 contra. Jerome Powell, presidente da FED, disse que “houve opiniões fortemente divergentes sobre como proceder em dezembro”, acrescentando que “um novo corte nas taxas de juro em dezembro não é certo. Longe disso, a política não está num curso pré-definido”. Os membros da FED reconheceram os limites na sua tomada de decisões impostos pelo “shutdown” do governo e a consequente falta de dados económicos. Já o BCE manteve as taxas de juro de referência inalteradas, como o esperado, com a taxa de depósitos nos 2%. O Banco Central indicou que a economia da Zona Euro continuou a crescer, apesar do ambiente global desafiante, e que esperam que a inflação estabilize na meta de 2% no médio-prazo. Christine Lagarde, presidente do BCE, comentou que o acordo de tarifas dos EUA sobre a China e o cessar-fogo no médio-oriente mitigaram alguns riscos de queda do crescimento global, mas que o mesmo não aconteceu com a inflação, com as suas previsões a continuarem “incertas”. Lagarde indicou que o BCE está num “bom lugar” e que irá fazer o necessário para lá permanecer.
O Eur/Usd iniciou a última semana estável, a transacionar no intervalo entre os $1.1600 e os $1.1700. No entanto, de quarta-feira em diante, o par apresentou perdas a ponto de, na sexta-feira, renovar mínimos de quase 3 meses ligeiramente acima dos $1.1520. É de mencionar que o Eur/Usd tem um suporte robusto perto do nível dos $1.1400. O indicador MACD manteve aberto o seu sinal de venda e a média móvel a 200 dias subiu para perto dos $1.1315.
| Banco do Canadá reduziu taxas, como o esperado
O Banco do Canadá (BoC) cortou a taxa de juro de referência em 25 pontos base para 2.25%, o nível mais baixo desde julho de 2022, o que era esperado. O Governador Tiff Macklem comentou que o corte nas taxas deverá ajudar a economia a lidar com a perturbação causada pelas tarifas dos EUA, mantendo a inflação próxima da meta de 2%. O BoC indicou que se a inflação e a atividade económica evoluírem em linha com as projeções, a taxa de juro está no nível adequado para manter a inflação próxima dos 2%, enquanto ajuda a economia. O BoC atualizou as previsões, apontando agora para crescimento de 1.2% em 2025, 1.1% em 2026 e 1.6% em 2027. No entanto, ainda existe bastante incerteza e o BoC está preparados para “responder” se necessário.
Após renovar máximos de abril de 2009 em meados de outubro, o Eur/Cad apresentou uma correção, que se prolongou na semana passada. Deste modo, na última semana, o par deu continuidade ao declínio que vinha a registar, ao ponto de, na sexta-feira, renovar mínimos de quase 1 mês ligeiramente abaixo dos C$1.6150. O Eur/Cad acompanha uma linha de tendência ascendente desde inícios de abril. O indicador MACD manteve aberto o seu sinal de venda.
| Petróleo estabilizou
O petróleo abriu a semana passada com perdas, à medida que os investidores avaliavam o impacto das sanções dos EUA às duas maiores petrolíferas russas sobre a oferta global, bem como os efeitos de um potencial aumento de produção pela OPEP+. No entanto, o petróleo estabilizou nas últimas sessões da semana após dados mostrarem que os inventários de crude e combustíveis nos EUA registaram quedas superiores ao esperado.
Após falhar o teste à resistência dos $62/barril no final da semana anterior, o petróleo iniciou a última semana com uma correção ligeira, aproximando-se do suporte dos $60/barril. O preço da matéria-prima estabilizou ligeiramente acima deste suporte ao longo das sessões seguintes.
| Ouro em mínimos de 3 semanas
O preço do ouro iniciou a semana com perda, enquanto o mercado aguardava pela reunião entre os EUA e a China. No entanto, na quinta-feira, o metal precioso recuperou algum terreno, beneficiando do seu estatuto de ativo de refúgio devido á incerteza associada ao acordo comercial entre os países, que acabou por desapontar o mercado.
O ouro registou mais uma semana de queda, quebrando em baixa o suporte psicológico dos $4000/onça e renovando mínimos de mais de 3 semanas ligeiramente abaixo dos $3900/onça. No entanto, no final da semana o ouro estabilizou novamente perto dos $4000/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
Mais lidas