A semana em oito gráficos: PSI-20 completou maior ciclo de quedas deste ano
O impasse nas negociações comerciais os Estados Unidos e a China e o endurecimento do tom de Washington para com Teerão, numa altura em que os EUA reforçaram as sanções às exportações petrolíferas do Irão, pressionaram esta semana os mercados mundiais.
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Mas o que mais contribuiu para o clima de incerteza, intensificando o nervosismo dos investidores, foi o corte de relações com a chinesa Huawei por parte das suas fornecedoras norte-americanas – isto depois de Donald Trump ter decidido na semana passada proibir as exportações de produtos tecnológicos norte-americanos para determinadas empresas consideradas de "risco", tendo em vista nomeadamente a Huawei.
Depois de a Google ter anunciado que ia suspender os negócios com a Huawei, não demorou muito até outras fabricantes dos EUA seguirem os mesmos passos, no âmbito da ordem executiva da Administração Trump de proibir as empresas norte-americanas de fornecerem aquela empresa chinesa (e outras) sem uma licença do governo dos Estados Unidos. Esta decisão penalizou fortemente o setor tecnológico em bolsa.
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O Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou entretanto na terça-feira que irá conceder um prazo de três meses para que as empresas norte-americanas continuem a negociar com a Huawei, permitindo-lhes manter, para já, as redes e equipamentos existentes, bem como as atualizações de software – e foi este anúncio que fez hoje virar o sentimento dos investidores depois das quedas em Wall Street no arranque da semana.
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Mas foi sol de pouca dura, pois na quarta-feira foi avançado que o governo dos Estados Unidos estaria a ponderar aplicar restrições semelhantes a mais cinco tecnológicas chinesas, entre as quais a fabricante de equipamentos de videovigilância Hikvision, o que deverá agravar ainda mais as tensões entre os dois países.
Na quinta-feira à noite, já depois do fecho de Wall Street, Trump disse que o destino da chinesa Huawei pode ser discutido no contexto das relações comerciais com Pequim, o que levou a que as bolsas recuperassem na última sessão da semana. Não foi, contudo, suficiente para um saldo semanal positivo.
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Por cá, o PSI-20 completou o maior ciclo de descidas deste ano.
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Já nas matérias-primas, o petróleo marcou a pior semana de 2019.
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