Adiamento de tarifas sobre México trava quedas em Wall Street
Os principais índices dos EUA fecharam com perdas moderadas, recuperando parcialmente das pesadas quedas que se verificaram durante a sessão, depois de as tarifas da administração Trump sobre o México terem sido adiadas por um mês.
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O S&P 500 fechou em baixa de 0,62% nos 6.003,10 pontos, enquanto o Dow Jones recuou 0,28% para 44.421,91 pontos, abrandando as quedas que chegaram a ser de 2% e 1,5% durante a sessão, respetivamente. Já o tecnológico Nasdaq foi o mais penalizado, ao recuar 1,20% para 19.391,96 pontos, no início de uma semana que trará novos resultados das "big tech".
A confirmação pela Casa Branca, durante o fim de semana, da imposição de tarifas de 25% sobre o Canadá e o México e de 10% adicionais sobre a China, com início marcado para 4 de fevereiro, fez com que as bolsas mundiais reagissem com perdas avultadas.
Contudo, uma publicação da presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, em que anunciou o adiamento das tarifas em troca de uma maior presença militar na fronteira com os EUA, fez com que os índices norte-americanos atenuassem as perdas no final de uma sessão volátil.
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Também estão previstas conversações entre o Presidente dos EUA e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que poderão resultar igualmente num adiamento das taxas alfandegárias de 25% sobre os bens canadianos (exceto o petróleo, a ser taxado em 10%).
O recuo de Donald Trump reforçou a convicção entre os analistas que as tarifas são uma tática negocial e que serão revistas mais tarde, embora haja uma grande incerteza. "Embora acreditemos que as tarifas são primeiramente uma ferramenta negocial para o Presidente Trump, é muito difícil dizer se estas tarifas vão ser de curta duração ou se existe um cenário em que um acordo é alcançado que reduz as tarifas", refere à Bloomberg Yung-Yu Ma, da BMO Wealth Management.
Além da guerra comercial, os investidores estão também concentrados na temporada de resultados, sobretudo das grandes tecnológicas. Na terça-feira, são conhecidos os números trimestrais da Alphabet, dona da Google, seguindo-se a Amazon, que divulga as contas na quinta-feira.
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