Dow Jones atinge novo máximo histórico. Tecnológicas atiram Nasdaq para o vermelho

Os investidores deixaram de lado o setor tecnológico e preferiram concentrar-se noutros ramos da economia norte-americana, dando novos máximos ao índice industrial Dow Jones. Em sentido contrário ao resto do setor, a AMD disparou
Wall Street.
AP / Richard Drew
Ricardo Jesus Silva 12 de Novembro de 2025 às 21:11

Os principais índices norte-americanos encerraram a terceira sessão da semana divididos entre ganhos e perdas, num dia que deu um novo máximo histórico ao industrial Dow Jones, mas levou o Nasdaq Composite a perder terreno. Receosos de uma possível sobreavaliação nas tecnológicas, os investidores aproveitaram esta quarta-feira para fazerem uma rotação deste tipo de ativos para outros setores, numa altura em que celebram o fim cada vez mais próximo do mais longo "shutdown" da história dos EUA. 

S&P 500 avançou 0,06% para 6.850,92 pontos e o industrial Dow Jones atingiu um novo recorde nos 48.431,57 pontos, tendo fechado a sessão a ganhar 0,68% para 48.254,82 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite caiu 0,26% para 23.406,46 pontos, depois de já ter encerrado a última sessão no vermelho, pressionado pela Nvidia, que cedeu quase 3%, depois de para ajudar a financiar investimentos em inteligência artificial.

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A Câmara dos Representantes deverá votar nas próximas horas o acordo alcançado entre , depois de o Senado já ter dado "luz verde" ao documento. O partido de Donald Trump tem a maioria necessária para fazer passar o projeto, mas a margem de erro é curta: os conservadores só podem perder dois votos na câmara baixa do Congresso. Caso avance, só fica a faltar a assinatura de Donald Trump. 

"Isto deve ser positivo do ponto de vista do sentimento [de negociação], removendo um dos principais riscos existentes. Além disso, o bom funcionamento do governo federal, da Administração Federal de Aviação)e do sistema aéreo é importante para o funcionamento da economia real",  explica Bill Northey, diretor de investimentos da U.S. Bank Wealth Management, à Reuters.

Com os investidores a afastarem-se de ativos ligados à tecnologia, outros setores acabaram por brilhar esta quarta-feira. O Goldman Sachs e o UnitedHealth Group ajudaram a levar o Dow Jones a máximos históricos, ao crescerem 3,54% e 3,55%, respetivamente. Mesmo assim, o índice industrial tem ficado para trás nas valorizações, tendo ganho 14% este ano - o que compara com os 17% do S&P 500.

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Entre as principais movimentações de mercado, a AMD contrariou o sentimento geral no setor tecnológico e disparou 9% para 258,89 dólares, depois de ter visto as suas vendas crescer para 9,25 mil milhões de dólares, quando o mercado esperava apenas 8,74 mil milhões. A empresa prevê que as receitas com centros de dados disparem nos próximos cinco anos, atingindo os 100 mil milhões de dólares.

Já a IBM avançou 0,40% para 314,98 dólares, tendo chegado a crescer quase 3%, após a empresa ter anunciado que produziu um novo "chip" de computação quântica experimental, nomeado de Loon, que está a deixar os investidores animados quanto ao futuro deste tipo de semicondutores e o seu uso na inteligência artificial até ao final da década.

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