Europa ultrapassa EUA nas estreias em bolsa
A empresa sueca Xbrane encaixou 12 milhões de dólares numa oferta pública inicial (IPO, na sigla original), liderando o ranking, este ano, de acordo com o Financial Times (FT). Com este valor, os IPO na Europa ascendem já a 31 milhões de dólares, enquanto que nos EUA não há ainda nenhuma estreia em bolsa, revelam os dados da Dealogic, citados pelo jornal.
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Este arranque do ano reflecte a tendência que marcou 2015 e que os bancos de investimento acreditam que irá continuar a ocorrer este ano, indica o Financial Times. A evolução económica, ciclo de crédito e políticas monetárias divergentes justificam as tendências opostas.
Os estímulos monetários do Banco Central Europeu, com impacto na economia, estão a favorecer a entrada no mercado de capitais europeu, ao passo que nos EUA, os investidores estão preocupados com o abrandamento da economia e com o impacto da subida dos juros pela Reserva Federal.
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"A actividade este ano parece tender para ser europeia e transversal a várias indústrias", diz Mark Hantho, ao FT. Nos EUA, as estreias em bolsa deverão aumentar no segundo semestre, prevê o director de mercados accionistas do Deutsche Bank.
Além disso, a privatização de empresas públicas por governos endividados, especialmente em Itália, vão contribuir para o maior volume na Europa, indicam os bancos, consultados pelo FT. Em 2015, o IPO dos Correios italianos foi um dos maiores, num ranking liderado pela espanhola Aena, a nível europeu, e pelos Correios do Japão, a nível mundial.
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Para este ano, o Financial Times destaca as estreias prováveis da Bats Global Markets, Albertsons e SoulCycle, bem como a BeiGene e Editas Medicine, cujos IPOs estão agendados para esta semana. "Temos que ver uma redução da volatilidade e alguns fortes negócios a quebrar o gelo para dar algum motive de entusiasmo aos investidores", diz Matthew Kennedy, analista na Renaissance Capital.
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