Grandes companhias aéreas europeias com arranque de 2017 positivo
Os três primeiros meses do ano terminaram e as principais companhias aéreas europeias têm motivos para festejos. Depois de vários anos a perder mercado para as chamadas low cost, as principais companhias aéreas do Velho Continente estão a ganhar força e a ter desempenhos positivos nos mercados bolsistas, impulsionadas nomeadamente por orientações relativas a receitas melhores que o previsto.
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No primeiro trimestre do ano, a germânica Lufthansa ganhou 23,88% em bolsa, tendo o título a valorizado hoje já 0,39% para 15,26 euros. A International Consolidated Airlines Group SA (IAG) subiu 19,98% nos três primeiros meses de 2017, estando na actual sessão a cotar nos 527 pence, reflectindo uma descida de 0,38%. A Air France-KLM disparou 38,11% de Janeiro a Março (o trimestre mais forte em três anos), e por esta altura ganha 0,25% para 7,124 euros.
Por outro lado, as chamadas low cost tiveram um desempenho distinto. A Ryanair, cotada na bolsa irlandesa, registou uma valorização de 0,14% no trimestre. E na actual sessão já subiu 1,14% para 14,69 euros. E a britânica Easyjet nos três primeiros meses do ano ganhou 2,09% e na sessão desta segunda-feira, 3 de Abril, desce 0,97% para 1.016,00 pence.
A Air France-KLM, IAG e Lufthansa, de acordo com a Bloomberg, apresentaram orientações quanto às suas tendências para as receitas melhor que o esperado, apoiadas nomeadamente na procura por voos de longo curso. Por outro lado, a Ryanair e EasyJet têm vindo a cortar nos preços dos bilhetes devido à concorrência existente nos voos europeus.
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Oliver Sleath, analista do Barclays Plc, numa nota de 30 de Março, citada pela Bloomberg refere que as principais companhias aéreas europeias estão "optimistas quanto a uma melhoria na negociação".
Ainda assim, há analistas que dizem que os ganhos nas acções deste sector são exagerados. Os analistas do Bank of America Merrill Lynch desceram a recomendação da IAG e da Air France-KLM de "comprar" para "underperform", apontando que as duas companhias enfrentam riscos no tráfego tanto em curtas distâncias como em longas. Além disso, no que diz respeito à empresa francesa, os analistas referem que há a possibilidade de a companhia subir os seus objectivos quanto à redução de custos no curto prazo devido às eleições.
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