Nasdaq vai passar a negociar 23 horas por dia
O maior índice tecnológico dos EUA, o Nasdaq, vai apresentar em breve a documentação necessária para aumentar as horas de negociação, de forma a satisfazer o aumento da procura pelas cotadas norte-americanas, sobretudo as “big tech”, avança a Reuters.
O Nasdaq, onde negoceiam empresas de grande capitalização como a Nvidia, a Apple e a Amazon, planeia expandir as horas de negociação de ações e outros produtos negociados em bolsa das atuais 16 horas para 23 horas, cinco dias por semana.
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Atualmente, existem três sessões de negociação: o “pre market”, que decorre entre as 9:00 e as 14:30 (hora de Lisboa), a sessão normal, que decorre entre as 14:30 e as 21:00 e o “after market”, que vai das 21:00 até à 1:00. De acordo com o novo horário, haverá duas sessões: a primeira tem início às 09:00 e termina à 01:00 e a segunda tem início às 2:00 e termina às 09:00. Haverá apenas uma hora de pausa para testes, manutenção e “clearing” de transações.
A sessão vai continuar a incluir o pré e o pós mercado e continuará a haver o tradicional sino de abertura às 14:30 e o fecho às 21:00. Na sessão noturna, as negociações entre as 02:00 e as 05:00 serão consideradas transações para o dia seguinte, refere a Reuters. A semana de negociação tem início às 02:00 de segunda-feira e termina na madrugada de sábado às 01:00.
“Tem havido esta tendência em direção à globalização há algum tempo e vimos os próprios mercados dos EUA a tornarem-se muito mais globais”, disse Chuck Mack, vice-presidente sénior para a América do Norte do Nasdaq, à Reuters.
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A apresentação da documentação junto do regulador de mercado dos EUA (a SEC, equivalente à CMVM em Portugal) é o primeiro passo para a implementação dos novos horários. Em março, o presidente do Nasdaq, Tal Tal Cohen, disse que estava em negociações com os reguladores para começar a negociação contínua durante cinco dias por semana no segundo semestre de 2026.
Os reguladores dos EUA têm adotado novas regras nos últimos anos para permitir a negociação num horário mais alargado, devido à crescente procura de investidores pelas ações de cotadas norte-americanas. O mercado dos EUA representa quase dois terços da capitalização bolsista das empresas a nível mundial, com as posições em ações dos EUA detidas no estrangeiro a atingirem 17 biliões de dólares, de acordo com dados do Nasdaq citados pela Reuters.
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