Nos e Jerónimo Martins dão força à Bolsa de Lisboa

A praça nacional está a valorizar na última sessão da semana, em linha com o que acontece nas bolsas europeias. A Corticeira segue no sexto dia de ganhos. Em Lisboa, o BCP e o BPI são as cotadas que colocam obstáculos.
Bloomberg
Diogo Cavaleiro 20 de Maio de 2016 às 11:21

A Bolsa de Lisboa segue esta sexta-feira em alta, depois da queda do dia anterior. Contudo, os avanços superiores a 1% tanto da Nos como da Jerónimo Martins não impedem que o saldo semanal seja negativo.

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O índice de referência da bolsa portuguesa avança 0,75% para 4.861,06 pontos. Na Europa, o dia é de ganhos, com o Stoxx Europe 600 a valoriza 0,87% para 336,80 pontos. Há praças a ganhar mais de 1% como são os casos de Londres, Paris e Milão enquanto Atenas avança mais de 2%.

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Os analistas estão a atribuir os avanços das praças do Velho Continente à recuperação das empresas ligadas às matérias-primas e ao petróleo. Subidas que contrariam as quedas de ontem das praças europeias com o receio de aumentos de juros nos Estados Unidos da América em Junho, alerta lançado pelas minutas da Reserva Federal divulgadas esta quinta-feira.

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Em Lisboa, é a Nos – que fechou um acordo com a Vodafone para a partilha de custos da transmissão de desportos, o que permite uma poupança de custos – que está a pesar mais no desempenho positivo da bolsa. A operadora está a ganhar 1,88% para os 6,336 euros.

 

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A Pharol, que continua a ser a principal accionista da brasileira Oi ainda que através de uma empresa sua na Holanda, avança 2,42% para 0,127 euros, recuperando do deslize superior a 5% da sessão anterior. Os CTT valorizam 0,90% para 8,225 euros.

 

Quem também puxa por Lisboa é a Jerónimo Martins, cuja subida se fixa nos 1,68%, o que leva as acções a cotar nos 13,95 euros. O conselho de administração da retalhista vai decidir, sem aprovação dos accionistas, o que fazer às participações em activos industriais e cafés, como noticia o Negócios. No retalho, a Sonae também ganha 1% para 0,911 euros.

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Em alta seguem igualmente as empresas de energia. A Galp soma 0,94% para 11,81 euros enquanto a EDP negoceia nos 2,947 euros por acção, o que representa um ganho de 0,58%. A EDP Renováveis avança 0,77% e cada título vale 6,71 euros.

 

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A Corticeira Amorim está a ganhar terreno há seis dias, estando hoje a avançar 2,13% para os 7,057 euros.

BCP e BPI recuam 

 

Em contraciclo e a contribuir para que Lisboa não marque um avanço mais expressivo está a banca. O BCP perde 0,91% para 3,25 cêntimos por acção um dia depois de o seu presidente executivo, Nuno Amado, ter admitido mudanças no sector financeiro português. "É provável que em Portugal passe a existir, a curto prazo, um banco público - a Caixa Geral de Depósitos - e um banco privado, que eu espero que seja o BCP", afirmou. 

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O BPI perde 0,53% para 1,131 euros, acima do preço pago pelo CaixaBank na oferta pública de aquisição lançada (1,113 euros). As unidades de participação do Montepio estão estagnadas em 0,565 euros. 

Os bancos caem apesar do alívio registado no risco da dívida pública

 

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Uma nota negativa ainda para a Mota-Engil, que cede 2,28% para 1,671 euros, naquela que é a quarta queda seguida.

 

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