Trump dá folga de tarifas aos mercados. S&P 500 e Nasdaq batem recordes

Os três índices norte-americanos encerraram a sessão desta quinta-feira em terreno positivo, num dia marcado pelo silêncio de Donald Trump e pela viragem do foco dos investidores para a "earnings season", que está à porta.
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AP
Bárbara Cardoso 10 de Julho de 2025 às 21:15

As bolsas norte-americanas terminaram mais uma sessão no verde, num momento em que os investidores avaliam as tarifas em vigor e futuros acordos comerciais, a ata da última reunião da Reserva Federal e também enquanto antecipam o que aí vem da próxima "earnings season", que arranca na próxima semana com os resultados da banca norte-americana.

Donald Trump parece ter dado um dia de folga aos mercados financeiros e aos parceiros comerciais, já que não anunciou novas tarifas recíprocas (até ao momento), como tem feito ao longo da semana. Os visados já são mais de 20, incluindo o Brasil, que sofrerá uma taxa alfandegária de 50% quando os seus produtos entrarem em terras norte-americanas.

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Mesmo assim, os investidores parecem estar já imunes aos constantes anúncios do Presidente dos EUA - pelo menos é assim que os analistas vêem a situação. Já não há reações significativas, como aconteceu em abril, no "Dia da Libertação". O foco está agora em 1 de agosto, a nova data limite imposta por Trump para que os países cheguem a acordo comercial com a maior economia do mundo. No entanto, há quem não acredite que a data marque o fim da montanha-russa das tarifas. 

O S&P 500 atingiu um novo recorde ao tocar nos 6.290,22 pontos ao longo do dia e também no fecho, ao encerrar com ganhos de 0,27% para 6.282,23 pontos. E não fica por aqui: o tecnológico Nasdaq Composite repetiu o feito, e alcançou um novo máximo intradiário nos 20.655,39 pontos e um novo máximo histórico de fecho. Bastou-lhe subir 0,094% para 20.630,66 pontos. De fora dos recordes fica o industrial Dow Jones, que ganhou 0,43% para 44.650,64 pontos.

“Não há qualquer hipótese de termos clareza sobre as tarifas até 1 de agosto, o que torna impossível uma redução das taxas de juro em julho”, afirmou Tom Essaye, do The Sevens Report, em declarações à Bloomberg,

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A Reserva Federal reúne-se mais uma vez a 29 e 30 de julho para decidir sobre as taxas de juro na maior economia do mundo. Os "traders" apontam para duas descidas este ano. 

Entre os principais movimentos empresariais, a Tesla saltou 4,74% depois de anunciar planos de expandir o serviço "robotaxi" para os estados da Califórnia e do Arizona.

A Nvidia, avançou mais 0,77%. O CEO da fabricante de semicondutores, Jensen Huang, terá se encontrado com o presidente dos EUA, Donald Trump, antes de embarcar noutra viagem com destino à China.

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A Delta Airlines mais de 12% após ter revelado perspetivas bastante otimista para os resultados do próximo trimestre. 

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