UBS: Wall Street cai 5% se Trump avançar com tarifas de 25%
Acaba hoje o período de consulta sobre o plano dos Estados Unidos para aplicar novas tarifas sobre a China e é elevada a expectativa sobre qual vai ser a decisão.
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Espera-se que Donald Trump anuncie em breve novas taxas aduaneiras sobre 200 mil milhões de dólares de importações da China, dando mais um passo na guerra comercial contra Pequim.
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Mas falta saber qual será a taxa a aplicar e como vão os mercados accionistas reagir. A expectativa sobre a decisão já tem gerado desvalorizações nos mercados accionistas globais, sendo que esta quinta-feira o UBS estimou uma queda de 5% no S&P500 caso os EUA optem pela taxa máxima de 25%.
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O estratega do banco suíço, Keith Parker, considera que no mercado ainda não está descontado o cenário de tarifas máximas, daí estimar uma desvalorização de 5% no índice que reúne as 500 maiores cotadas norte-americanas.
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Os economistas do UBS esperam que Trump opte, para já, pelo ponto mais baixo do intervalo pré-definido, implementando uma tarifa de 10% sobre cerca de 9 mil produtos chineses no valor de 200 mil milhões de dólares a partir do final deste mês.
Keith Parker adverte que no pior cenário, de tarifas de 25%, pode ocorrer um "sell off" nos mercados, até porque acontecerá num período em que as cotadas não podem recomprar acções, o que constitui a perda de um importante suporte em fases negativas nas acções.
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"Uma tarifa de 25% pode ser entendida como uma escalada na guerra comercial e terá um forte impacto nos resultados", referiu o responsável do UBS numa nota a clientes, citada pela Bloomberg.
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Apesar de a escalada da guerra comercial ser um cenário em perspectiva nos mercados, as bolsas norte-americanas apresentam retornos elevados em 2018 e atingiram máximos históricos. O Nasdaq é o índice estrela de Wall Street, com uma valorização de 15% este ano. O Dow Jones ganha mais de 5% e o S&P avança perto de 8%, pelo que mesmo sofrendo a correcção estimada pelo UBS continuará em terreno positivo no ano.
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