Wall Street celebra corte de juros. S&P 500 atinge máximo histórico

O início arrojado da Fed na redução das taxas de juro reacendeu as esperanças de que o banco central seja capaz de evitar uma recessão. Também os dados divulgados mostraram uma queda nos pedidos de subsídio de desemprego.
Reuters
João Duarte Fernandes 19 de Setembro de 2024 às 21:30

Wall Street encerrou a sessão desta quinta-feira com os principais índices a valorizarem mais de 1%. Por detrás desta subida esteve o corte de juros em 50 pontos base por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana, mas também a diminuição do número de pedidos de subsídio de desemprego no país. A conjugação destes fatores atenuou o receio quanto a uma possível recessão económica nos EUA. 

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O S&P 500 subiu 1,7% para os 5.713,64 pontos, o que constituiu um recorde de fecho. Durante a sessão estabeleceu um novo máximo histórico - o seu 39º recorde em 2024 - nos 5.733,57 pontos e alargou o crescimento deste ano para cerca de 20%. Já o Nasdaq Composite foi o que registou a maior subida, de 2,51% para 18.013,98 pontos, enquanto o Dow Jones avançou 1,26% para 42.025,19 pontos. 

O início arrojado da Fed na redução das taxas de juro – a primeira em quatro anos – reacendeu as esperanças de que o banco central seja capaz de evitar uma recessão. Mas também os dados divulgados durante esta quinta-feira mostraram uma queda nos pedidos de subsídio de desemprego para o seu nível mais baixo desde maio, tendo sinalizado que o mercado de trabalho permanece saudável, apesar de se ter registado uma desaceleração nas contratações.  

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À Reuters, Jonathan-Cohn do Nomura Securities International, referiu que "o corte jumbo parece ter aumentado a perceção da probabilidade de uma aterragem suave", referindo-se ao cenário ideal dos economistas em que a inflação arrefece sem desencadear uma recessão. 

O número de pessoas que recorreram a pedidos de subsídios de desemprego nos EUA caiu 12.000 pedidos em relação à semana anterior, para 219.000 pedidos no período que terminou a 14 de setembro, significativamente abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para os 230.000 pedidos de subsídio de desemprego.

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"Apesar de alguma volatilidade após o corte da Fed, a tendência de valorização do S&P 500 permanece intacta", disse à Bloomberg Fawad Razaqzada, do City Index. "A decisão da Fed de realizar um corte de 50 pontos-base na taxa foi amplamente bem recebida pelos investidores. O movimento foi visto como um passo ousado, mas necessário, para aliviar as preocupações económicas sem enviar sinais de pânico que lembram a crise financeira de 2008", referiu.

 

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Em relação aos principais movimentos de mercado, a Tesla destacou-se pela positiva, ao avançar mais de 7%, movida sobretudo pelo alívio da política monetária anunciado durante a tarde de quarta-feira.  

A colher os frutos de um corte nas taxas diretoras, estiveram também os pesos pesados tecnológicos, que fecharam a sessão a valorizar mais de 1%. Entre as "big tech", a Nvidia valorizou 3,97%, a Meta avançou 3,93%, a Apple cresceu 3,71%, a Amazon subiu 1,85%, a Microsoft ganhou 1,83% e a Alphabet acelerou 1,51%. 

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