Wall Street fecha em alta antes da Nvidia. S&P 500 fixou novo recorde

Os principais índices dos EUA encerraram a sessão com ganhos a instantes de a Nvidia - que fechou o dia com um ligeiro recuo - apresentar contas. Os investidores reforçaram posições nos ativos de risco e deixaram de parte fatores que têm pressionado a negociação recentemente.
AP/Yuki Iwamura
João Duarte Fernandes 27 de Agosto de 2025 às 21:13

Os principais índices do lado de lá do Atlântico fecharam com ganhos em toda a linha, com os investidores a reforçarem posições nos ativos de risco antes da apresentação dos resultados da Nvidia — a última das "sete magníficas” a divulgar contas do segundo trimestre. O S&P 500 ainda chegou a renovar máximos históricos, ao tocar nos 6.487,06 pontos.

O S&P 500 ganhou 0,24% para os 6.481,40, o tecnológico Nasdaq Composite subiu 0,21% para os 21.590,14 e o Dow Jones avançou 0,32% para 45.565,23 pontos.

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Nos últimos dias, houve vários fatores a pressionar as negociações, incluindo a turbulência política que se vive em França e os ataques da Administração Trump à independência da Fed, assim como novas ameaças de tarifas. Ainda assim, os investidores parecem ter posto estes temas de parte para se concentram agora nos resultados da empresa com maior capitalização bolsista do mundo.

Com os resultados da Nvidia prestes a serem divulgados, tanto o S&P 500 como o Nasdaq recuperaram terreno. Além de uma análise dos gastos com inteligência artificial (IA), os números da cotada podem ter implicações para o mercado em geral, devido à enorme influência da empresa nos principais índices norte-americanos.

Com uma capitalização de mercado de cerca de 4,4 biliões de dólares, a gigante fabricante de semicondutores tem um peso de mais de 8% no S&P 500.

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“Dizer que esta é a ação mais importante do mundo é um eufemismo”, referiu à Bloomberg Jay Woods, da Freedom Capital Markets. “A fasquia continua a subir e a fabricante de chips continua a ultrapassá-la. As projeções de crescimento continuam a expandir-se exponencialmente e não há sinais de abrandamento à vista”, acrescentou o especialista.

A empresa já ganhou cerca de 2 biliões de dólares em valor de mercado desde o início de abril, estando a negociar perto de máximos devido ao otimismo em torno do “boom" da IA.

Clark Bellin, da Bellwether Wealth, explica à agência de notícias financeiras que “as avaliações [da Nvidia] estão elevadas à medida que nos aproximamos dos resultados” e que “agora que o mercado de ações está praticamente certo de um corte nas taxas em setembro, o próximo obstáculo a ser superado pelos mercados são os resultados da Nvidia”.

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Um resultado abaixo do esperado poderá provocar uma volatilidade significativa, enquanto uma surpresa positiva poderá levar os principais índices a atingirem máximos históricos.

Espera-se que a fabricante de semicondutores forneça pistas sobre a .

Durante o próximo mês, apenas a reunião da Fed sobre o rumo da política monetária na maior economia mundial, marcada para 17 e 18 de setembro, deverá ter um impacto maior nas negociações do que os resultados da gigante tecnológica.

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Entre as “big tech”, a Nvidia recuou 0,09%, a Alphabet subiu 0,13%, a Microsoft ganhou 0,94%, a Meta caiu 0,89%, a Apple cresceu 0,51% e a Amazon subiu 0,18%.

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