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Acordo comercial, corte de juros e “earnings season” levam Wall Street a renovar recordes

Uma confluência de fatores impulsionou os principais índices dos EUA para novos máximos, nomeadamente um esperado corte de juros e a diminuição das tensões entre Pequim e Washington. As "big tech" foram as grandes responsáveis pela forte subida dos índices, a poucos dias de apresentarem resultados. Qualcomm disparou mais de 10%.

Wall Street
Wall Street Richard Drew/AP
20:13

As esperanças de que os Estados Unidos (EUA) e a China estejam perto de chegar a um acordo comercial nos próximos dias impulsionaram os principais índices norte-americanos para novos máximos - tendência igualmente registada tanto pela Europa como pela Ásia. Os grandes catalisadores da subida foram as “big tech”, sendo que a grande maioria destas empresas vai apresentar resultados trimestrais esta semana.

Entre os índices, todos atingiram um novo recorde de fecho, assim como novos máximos históricos durante a sessão. O S&P 500 subiu 1,23% para os 6.875,17 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite pulou 1,86% para os 23.637,46 pontos. Já o Dow Jones avançou 0,71% para os 47.544,59 pontos.

Os principais negociadores de Pequim e Washington – que se reuniram durante a semana passada na Malásia -, disseram no domingo que chegaram a acordo sobre uma série de pontos controversos que poderão abrir caminho para um entendimento entre as duas potências. O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou mesmo que a ameaça do Presidente Donald Trump de aplicar tarifas adicionais de 100% sobre os produtos chineses importados pelos EUA “está efetivamente fora de questão”, citou a Bloomberg.

E para além de uma redução das tensões entre a China e os EUA, há ainda uma confluência de fatores que estão a apoiar os ganhos nos ativos de risco norte-americanos, nomeadamente um esperado corte de juros da reserva Federal (Fed) na sua reunião de outubro - que se inicia amanhã e termina na quarta-feira -, bem como resultados positivos das cotadas do lado de lá do Atlântico.

"O mercado está em alta”, disse à Bloomberg Louis Navellier, da Navellier & Associates. “Isso reflete um forte otimismo sobre o potencial de ganhos futuros em toda a economia. O catalisador de hoje é a notícia de que as negociações com a China sobre tarifas devem correr bem”, acrescentou o especialista.

Até agora, as empresas norte-americanas parecem relativamente imunes às tarifas, protegendo as suas margens com aumentos de preços e cortes de custos. Nesta linha, à medida que a “earnings season” continua a “todo o gás”, as empresas do S&P 500 estão a caminho de apresentar a maior margem pela qual superaram as suas perspetivas de vendas desde 2021.

Na quarta e quinta-feira, cinco empresas que representam cerca de um quarto do "benchmark” dos EUA - Microsoft, Alphabet, Meta Platforms, Amazon.com e Apple - irão divulgar os seus resultados trimestrais.

Entre os movimentos do mercado, a Intel ganhou mais de 3%, depois de na sexta-feira ter apresentado contas trimestrais que ficaram acima das expectativas do mercado. Já a Qualcomm disparou 11%, após ter anunciado o lançamento de "chips" de IA para competir com a Nvidia.

Quanto às “big tech”, a Nvidia subiu 2,81%, a Alphabet ganhou 3,62%, a Microsoft valorizou 1,51%, a Meta pulou 1,69%, a Apple subiu 2,28% e a Amazon somou 1,23%.

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