Demissão de Lecornu castiga mais banca francesa. Só três cotadas em Paris sobem
A demissão do primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, um dia após apresentar o elenco governativo derrubou a bolsa parisiense e fez agravar os juros da dívida soberana do país.
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O novo capítulo de instabilidade política em França, com a demissão esta segunda-feira do primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, 27 dias após tomar posse, está a castigar os mercados de capitais e de dívida da segunda maior economia da Zona Euro.
O CAC-40, principal índice da bolsa de Paris, perde 1,49% - tendo chegado a tombar mais de 2% - com apenas três cotadas no verde e as restantes 37 no vermelho.
A banca está a ser particularmente castigada nesta sessão, com a Société Générale a afundar 5,96%, enquanto o BNP Paribas cai 4,47% e o Crédit Agricole recua 4,2%. A seguradora AXA perde 3,74%.
Mas não é apenas o setor financeiro a ser penalizado, com a energética Engie a perder3,87%, enquanto a fabricante automóvel Renault cede 3,38%. Já a maior subida pertence a outro gigante do setor automóvel: a Stellantis, que avança 2,58%. Ainda em alta seguem a TotalEnergies, com um ganho de 0,63%, e a Euronext, que valoriza 0,16% no dia em que avançou com a OPA sobre a bolsa de Atenas.
No mercado da dívida, a "yield" das obrigações do Tesouro gaulesas a 10 anos chegaram a subir 9,1 pontos base, para os 3,598%, colocando o "spread" face aos juros das "bunds" alemãs, referência para a Europa, nos 89 pontos base, máximo deste ano. Entretanto, a rendibilidade da dívida gaulesa aliviou ligeiramente e sobe agora oito pontos base, para os 3,587%,
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