Depois de dois dias de festa, bolsa de Lisboa fecha no vermelho
O principal índice nacional fechou o dia em terreno negativo, pressionado sobretudo pela EDP Renováveis.
Depois de ter fechado em alta nas duas primeiras sessões do ano, a Bolsa de Lisboa encerrou, pela primeira vez em 2022, em terreno negativo, com o PSI-20 a cair 0,31% para 5.562,68 pontos.
Das 19 cotadas, 10 terminaram a sessão no verde e nove encerram o dia no vermelho.
O setor energético destacou-se nas perdas, a acompanhar a tendência europeia. A EDP cedeu 2,64% para 4,750 euros, enquanto a sua subsidiária para as renováveis tombou 3,91% para 20,64 euros - tendo sido a cotada que mais penalizou o PSI-20.
Também a Greenvolt fechou a sessão a desvalorizar, com um recuo de 2,30% para 6,37 euros, acompanhada pela REN - que caiu 0,59% para 2,54 euros.
Na energia, a Galp foi a única cotada a encerrar com nota positiva, a subir 1,35% para 9,302 euros.
O BCP esteve também em contraciclo com a tendência geral, tendo sido o título que mais ajudou a travar as perdas do índice de referência nacional, ao valorizar 2,88% para 0,1536 euros, seguido pela Novabase, que avançou 1,88% para 5,42 euros.
A subida das taxas de juro na Polónia beneficia as ações do BCP, dono da maioria do capital do banco polaco Bank Millennium. Numa nota divulgada esta quarta-feira aos clientes, a que o Negócios teve acesso, os analistas do CaixaBank/BPI referem que a decisão é "positiva" para o banco liderado por Miguel Maya. O banco central da Polónia anunciou esta terça-feira a subida das taxas de juro diretoras em 50 pontos base para 2,25%, numa decisão antecipada pela grande maioria dos analistas.
A contrariar as perdas da praça lisboeta esteve também a Corticeira Amorim, que somou 1,80% para 11,30 euros.
No retalho o sentimento também foi positivo: a Jerónimo Martins terminou o dia a valorizar 0,44% para 20,61 euros e a Sonae avançou 1,77% para 1,033 euros.
Na Europa, os ganhos foram pouco expressivos. O Stoxx 600, índice que serve de referência para o continente, subiu ligeiramente, acompanhado pelas principais praças do Velho Continente - à exceção de Amesterdão, que perdeu terreno.
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