Notícia
Fed retira ganhos a Wall Street
As bolsas norte-americanas ganharam ímpeto pelas 19:00 de Lisboa, quando foram divulgadas as actas da reunião da Fed de 30 e 31 de Janeiro. No entanto, no caso do Dow Jones e do S&P 500, foi "sol de pouca dura" e pouco depois entraram em terreno negativo. O Nasdaq também fechou no vermelho, mas por arrasto e com uma descida pouco expressiva. As actas não trouxeram grandes novidades e referem que o banco central continua a ter boas perspectivas para o crescimento económico e inflação dos EUA, mantendo assim a trajectória de subida dos juros directores.
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O Dow Jones fechou a cair 0,67%, para se fixar nos 24.797,78 pontos, e o Standard & Poor’s 500 seguiu a mesma tendência, a recuar 0,55% para 2.701,33 pontos.
O tecnológico Nasdaq Composite seguiu a mesma tendência, entrando em terreno negativo nos últimos minutos de negociação, mas com uma descida pouco acentuada: deslizou 0,22%, para 7.218,23 pontos.
Às 19:00 de Lisboa foram divulgadas as actas da reunião de 30 e 31 de Janeiro da Fed, a última presidida por Janet Yellen, que mostram que os responsáveis pela política monetária antecipam um crescimento económico mais robusto e que a linha de subida gradual dos juros se mantém.
Com poucas surpresas, as actas não tiveram efeito imediato em Wall Street, que manteve o movimento de subida. Mas foi por pouco tempo, no caso do Dow Jones e do S&P 500 – tendo o Nasdaq seguido a tendência somente nos últimos minutos de transacção.
A maior convicção da Fed de que a inflação subirá e atingirá a meta que definiu (2%) levou a que se intensificasse a perspectiva de que o novo presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, instará os restantes membros a apoiarem uma subida dos juros já na reunião de Março, sublinha a Reuters.
Esta possibilidade deixou os investidores mais prudentes, o que levou a que as bolsas do outro lado do Atlântico cedessem os ganhos e entrassem no vermelho, se bem que com recuos ligeiros.
Tecnologias alheias às perdas
No sector tecnológico, a tendência foi diferente, num clima de "ouro sobre azul" tal como na sessão de ontem. Isso não impediu que o Nasdaq, contagiado pelas principais congéneres, fechasse no vermelho, mas a boa performance da maioria das suas cotadas manteve o índice quase à tona.
Continua a reforçar-se a convicção de que as tecnológicas irão beneficiar bastante com os cortes de IRC nos EUA, no âmbito da reforma fiscal da Administração Trump aprovada em Dezembro, o que está atrair mais investidores para estas cotadas.
Entre os destaques de hoje estiveram os desempenhos da Amazon, que atingiu um máximo histórico nos 1.503,49 dólares, e a Netflix.
A retalhista online Amazon encerrou a valorizar 0,99% para 1.482,92 dólares, mas chegou a estar a subir mais de 2% e a tocar nos 1.500 dólares pela primeira vez na sua história.
Por seu lado, a plataforma de televisão Netflix ganhou 0,89% no fecho da sessão, para 281,04 dólares, mas chegou a atingir os 286,64 dólares, muito perto do seu máximo histórico de 286,81 dólares.