Investimento da Alphabet em IA impulsiona Wall Street a novos máximos históricos
O S&P 500 e o Nasdaq Composite atingiram novos recordes esta quinta-feira com resultados trimestrais e acordos comerciais. Dow Jones quebra tendência e termina com desvalorizações.
Wall Street voltou a bater recordes na penúltima sessão da semana. As ações norte-americanas subiram para máximos históricos, com os resultados da Alphabet a revelarem uma forte procura e investimento por inteligência artificial (IA), reforçando a confiança na tecnologia que impulsionou os mercados financeiros nos últimos meses.
O S&P 500 brilhou, com recordes intradiários e de fecho. Durante o dia chegou aos 6.381,31 pontos, o valor mais elevado de sempre, tendo no fecho chegado aos 6.369,77 pontos depois de uma subida de 0,07%. O Nasdaq Composite tocou recordes de 21.113,10 pontos e fechou também em máximos de 21.057,96 pontos. O Dow Jones quebrou a tendência ao recuar 0,70% para 44.693,91 pontos, pressionado pela queda das ações da IBM (-7,62%), da Honeywell (-6,18%) e da UnitedHealth (-4,76%).
Os bons resultados da dona do Google - cujas ações subiram menos de 1% -, contagiaram outras empresas das "sete magníficas", como a Nvidia, que saltou quase 2%.
Já a Tesla perdeu 8,2%, depois de ter reportado um recuo de 12% nas receitas para 22,5 mil milhões, abaixo do apontado pelo mercado. É, aliás, a maior queda na receita em pelo menos uma década. Elon Musk disse ainda que a sua empresa iria enfrentar "tempos difíceis", já que a Administração dos EUA cortou os apoios fiscais para o incentivo à compra de elétricos. Já Trump acaba de escrever na rede social Truth Social que não quer destruir a Tesla e quer que o antigo líder do DOGE prospere.
Os dados económicos também estieram em foco. Os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA caíram pela sexta semana consecutiva - a mais longa série de quedas desde 2022. A saúde do mercado de trabalho norte-americano será um dos temas da reunião da Reserva Federal na próxima semana. "Ainda há poucos sinais de grandes fissuras no mercado de trabalho, disse Chris Larkin, da E*Trade, do Morgan Stanley, à Bloomberg, que acrescenta que, se esse quadro permanecer intacto, "a Fed terá menos um motivo para reduzir as taxas de juro".
A negociação desta quarta-feira tinha já sido impulsionada pelo acordo comercial dos EUA com o Japão e um com Bruxelas cada vez mais próximo. O prazo de 1 de agosto aproxima-se e o Presidente dos EUA, Donald Trump, terá dito que não iria impor uma tarifa abaixo de 15%. As delegações dos EUA e da China também devem juntar-se em Estocolmo na próxima semana para a terceira ronda de negociações comerciais. Enquanto isso, a Casa Branca e a Coreia do Sul discutiram a criação de um fundo para investir em projetos norte-americanos como parte de um pacto comercial, semelhante ao firmado com o Japão.
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