A bolsa de Lisboa fechou em alta esta quinta-feira, quebrando a barreira dos 7.700 pontos, que não ultrapassava há 11 anos, num momento em que aumenta o otimismo de que será alcançado um acordo comercial entre UE e EUA, animando os índices europeus.    

O índice de referência nacional, o PSI, subiu 1,60% para 7.754,57 pontos, com 13 dos seus 15 títulos no verde, registando a melhor prestação entre os principais índices da Europa.

Os ganhos foram impulsionados pela Jerónimo Martins, que acelerou 3,79% para 22,98 euros, depois de o JP Morgan ter colocado a retalhista entre as suas favoritas para o setor na Europa. A Sonae beneficiou dos ganhos setoriais, valorizando  2,08% para 1,276 euros.

A EDP Renováveis também impulsionou os ganhos, recuperando das quedas recentes motivadas pelas perspetivas de redução dos apoios às energias limpas nos EUA. A elétrica subiu 3,20% para 10,32 euros.   

Ainda com nota positiva entre os pesos pesados da energia, a Galp somou 1,16% para 16,17 euros, enquanto a EDP ganhou 0,90% para 3,813 euros.

Já o BCP valorizou 1,24% para 0,667 euros, apesar da possibilidade de um imposto sobre a banca polaca poder anular até 3% dos lucros do Bank Millennium, detido pelo banco português, disse Lukasz Janczak, analista do Erste Group, ao Negócios.  

Do lado das perdas, fecharam apenas a Altri, que recuou 0,20% para 5,02 euros, e a Nos, que liderou as perdas ao recuar 0,26% para 3,90 euros, depois de o CEO da telecom ter dito que, por enquanto, a operadora não vai investir "nem mais um euro na rede móvel".