A bolsa de Lisboa regressou aos ganhos esta quarta-feira, acompanhando o dia maioritariamente positivo das principais praças europeias, depois dos sinais vindos de França de que poderá haver um entendimento sobre o impasse orçamental.              

O índice de referência nacional, o PSI, subiu 0,40% para 8.149,10 pontos, com 10 dos seus 15 títulos no verde – a quinta sessão de ganhos das últimas seis, em que o índice alcançou máximos de cerca de 15 anos.

Os ganhos foram liderados pela Altri, que acelerou 3,24% para 4,935 euros, enquanto no mesmo setor da produção de pasta de papel a Navigator somou 1,16% para 3,14 euros. A queda do euro pode estar a beneficiar as papeleiras nacionais, com uma vocação fortemente exportadora. 

Também a construtora Mota-Engil registou uma subida expressiva, valorizando 3,01% para 5,645 euros, dando seguimento aos ganhos verificados desde que foi noticiado que ganhou contratos de cerca de 735 milhões no Brasil.

Entre os pesos pesados, destaque para o grupo EDP: a EDP Renováveis subiu 1,70% para 12,55 euros, enquanto a EDP subiu 0,97% para 4,147 euros. O BCP registou ganhos menos expressivos, subindo 0,48% para 0,7538 euros.

Já a Jerónimo Martins subiu apenas 0,1% para 20,80 euros, depois de o Negócios ter noticiado que a empresa está a ser alvo de um inquérito na Polónia por alegadas práticas comerciais desleais, enquanto a rival retalhista Sonae somou 0,89% para 1,366 euros.     

Pela negativa, destaque para a Galp, que liderou as perdas ao ceder 2,59% para 16,54 euros, depois de o Fisco moçambicano ter dito que a Galp tem em dívida 175,9 milhões de dólares (150,1 milhões de euros ao câmbio atual) de impostos relativos a mais-valias realizadas com  a venda de uma participação em projetos de gás natural no país.