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Maior envolvimento dos EUA na guerra Irão-Israel atira Wall Street para o vermelho

As bolsas norte-americanas não conseguiram escapar ao pessimismo vivido nos mercados financeiros e terminaram a sessão no vermelho, ao fim do quinto dia de conflito no Médio Oriente.

Um homem com a mão na testa aparenta estar preocupado
Um homem com a mão na testa aparenta estar preocupado AP
17 de Junho de 2025 às 21:10

Wall Street terminou a sessão com perdas abaixo de 1%, enquanto se intensifica a guerra que opõe Israel e Irão, no Médio Oriente. Os investidores estão preocupados que os EUA estejam cada vez mais envolvidos no conflito, ao lado de Israel, isto depois de o Presidente Donald Trump ter exigido ao Irão que se rendesse "incondicionalmente" e ter alertado para um possível ataque contra o líder do país, o aiatola Ali Khamenei. 

De acordo com a Bloomberg, Trump terá ainda reunido com a sua equipa de segurança, em Washington, para discutir os próximos passos. Já a Reuters avança que a Casa Branca terá enviado mais material militar, como aviões de caça, para a região. 

"Estamos numa fase em que a visibilidade não é ótima, a incerteza é alta e o muro de preocupação está em construção", disse Terry Sandven, estratega do US Bank Wealth Management, à Reuters.

Neste cenário de incerteza e volatilidade, os investidores preferiram os ativos-refúgio em detrimento do risco. Assim, o S&P 500 cedeu 0,84% para 5.982,72 pontos, o Dow Jones perdeu 0,7% para 42.215,80 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite caiu 0,91% para 19.522,74 pontos.

O mercado acompanhou ainda de perto os dados económicos dos EUA, com as vendas a retalho a caírem pelo segundo mês consecutivo, indicando que a ansiedade em relação às tarifas levou os consumidores a recuarem após uma subida nos gastos no início do ano. O relatório surge na véspera de mais uma decisão de política monetária por parte da Reserva Federal (Fed) - que não deverá trazer grandes surpresas. Os investidores não esperam qualquer tipo de mexidas nas taxas de juro, com o foco a ir então para as palavras do número um do banco central, Jerome Powell.

Um quarto encontro consecutiva sem cortes de juros poderia provocar outro "ataque" de Donald Trump, que tem instigado a Fed a descer a taxa. Mas, os decisores políticos têm sido claros: antes de poderem dar um passo em frente, precisam que a Casa Branca resolva os grandes pontos de interrogação sobre as tarifas, a imigração e os impostos. Os ataques de Israel ao Irão também introduziram um novo elemento de incerteza para a economia.

No início da semana, os republicanos do Senado dos EUA apresentaram um projeto de lei que prevê o fim dos créditos fiscais para projetos de energia eólica e solar mais cedo do que para as outras fontes energéticas e que introduz apenas alterações modestas na maioria dos outros incentivos. A decisão teve reflexos em bolsa esta terça-feira: a Enphase Energy, fabricante de inversores solares, mergulhou 24%; a Sunrun derrapou 40% e a SolarEdge Technologies desceu 33%.

Noutros movimentos de mercado, a Eli Lilly & Co. concordou em comprar a Verve Therapeutics, uma a empresa norte-americana de biotecnologia por 1,3 mil milhões de dólares. A primeira perdeu mais de 2%, enquanto a segunda disparou acima de 81%.

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