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Pessimismo da Fed sobre economia dos EUA deixa Wall Street sem rumo

As bolsas norte-americanas lutaram para terminarem a sessão à tona, após Jerome Powell ter alertado que a incerteza económica e o risco de inflação continuam a complicar a tentativa da Reserva Federal de aliviar os juros.

Trabalhadores no mercado de ações, incluindo Federico DeMarco da Bay Crest Partners
Trabalhadores no mercado de ações, incluindo Federico DeMarco da Bay Crest Partners AP
18 de Junho de 2025 às 21:13

Wall Street lutou para encontrar um rumo na negociação desta quarta-feira, numa sessão já marcada por uma volatilidade que acabou por se intensificar com as palavras do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell. Só o tecnológico Nasdaq Composite conseguiu ficar à tona.

Neste contexto, o S&P 500 perdeu modestos 0,03% para 5.980,86 pontos, o Dow Jones recuou 0,10% para 42.171,66 pontos e, em contraciclo, o Nasdaq Composite subiu 0,13% para 19.546,27 pontos.

Tal como já se antecipava, O foco do mercado estava nas declarações do número um do banco central, que avisou que a incerteza económica - impulsionada pelas tarifas - e o risco de subida da inflação continuam a complicar a tentativa da Fed de aliviar a política monetária nos EUA.

Mantendo a posição de "esperar para ver", a mesma desde que Donald Trump tomou posse como Presidente dos EUA, Powell disse que o aumento das tarifas é suscetível de acelerar a subida de preços, acrescentando que os efeitos sobre a inflação poderão ser mais persistentes. 

"Esta é uma Fed que não vê pressa em reduzir as taxas de juros. A julgar pelas projeções individuais, não se espera que as taxas de juro desçam tão cedo", disse Greg McBride, do Bankrate, à Bloomberg. Já Simon Dangoor, do Goldman Sachs Asset Management, acrescenta que "a reunião de hoje do FOMC teve um tom 'dovish', a continuar a assinalar dois cortes este ano, apesar das revisões em alta das previsões de inflação a curto prazo dos membros. (...) Esperamos que a Fed se mantenha em modo esperar para ver na reunião do próximo mês, mas pensamos que poderá abrir-se um caminho para a retoma do seu ciclo de flexibilização ainda este ano, caso o mercado de trabalho enfraqueça".

Entre os principais movimentos de mercado, a Intel subiu mais de 3% depois de ter nomeado novos diretores de engenharia, como parte de um plano de recuperação sob a direção do CEO Lip-Bu Tan.

A Visa e a Mastercard perderam ambas cerca de 5%, já que pairam no mercado preocupações contínuas sobre o impacto das stablecoins nos emissores de cartões de crédito.

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