Responsáveis da Fed mais pessimistas sobre PIB e inflação
À semelhança das projeções anteriores, em março, o banco central dos EUA voltou a cortar as previsões do PIB e a aumentar as da inflação, apontando que a “incerteza acerca do outlook económico diminuiu mas continua elevada”.
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À semelhança das projeções adiantadas na reunião de março, os responsáveis da Reserva Federal (Fed) voltaram a rever em alta as previsões para a inflação e a cortar as previsões para o crescimento económico, apontando que a “incerteza acerca do outlook económico diminuiu mas continua elevada”, enquanto aguardam por mais clareza acerca do impacto das políticas de Trump.
No novo quadro de previsões, que acompanha a decisão de manter as taxas de juro esta quarta-feira, o banco central prevê que o seu indicador preferido para a inflação – o índice de preços com despesas no consumo pessoal (PCE) - acelere para 3% este ano. Em março, a projeção apontava para 2,7%. Nos próximos dois anos, a inflação deve abrandar para 2,4% e 2,1%, respetivamente. Recorde-se que o alvo da Fed para a inflação homóloga é de 2%.
Quanto à inflação PCE subjacente, que retira as categorias mais voláteis dos alimentos e energia, deverá situar-se nos 3,1% este ano, abrandando depois para 2,2% em 2026 e 2% em 2027.
Os responsáveis também estão mais pessimistas sobre o crescimento económico para este ano. Em março, a projeção apontava para uma expansão do PIB de 1,7%. Agora, as novas projeções apontam para 1,4%, verificando-se uma aceleração moderada para 1,6% e 1,8% nos próximos dois anos.
Já a taxa de desemprego – um dos dois mandatos da Fed, juntamente com a estabilidade dos preços, é o pleno emprego – deve atingir os 4,5% este ano, uma ligeira revisão em alta de 0,1 pontos percentuais face à previsão de março. A taxa deve depois descer para 4,4% dentro de dois anos.
Contudo, foi retirada a expressão do comunicado da Fed acerca da possível subida dos riscos para a inflação e desemprego, como constava no texto de março. Para os responsáveis da Fed, “a taxa de desemprego continua baixa e as condições do mercado de trabalho continuam sólidas”, enquanto “a inflação continua relativamente elevada”.
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