Petróleo retira energia às bolsas americanas
Os mercados accionistas do outro lado do Atlântico encerraram a sessão desta segunda-feira em ligeira baixa, depois de terem fechado a passada semana em recordes. A pressionar a negociação estiveram sobretudo os títulos da energia, em dia de nova descida dos preços do petróleo.
Na passada sexta-feira, as praças bolsistas norte-americanas estabeleceram novos recordes de fecho e novos máximos históricos, com o Dow Jones a conseguir por fim superar a fasquia onde tinha tocado a 1 de Março. Hoje, o dia foi de correcção – mas muito ligeira.
O Dow Jones fechou a ceder 0,10% para 21.184,04 pontos, depois de ter marcado um máximo histórico nos 21.225,04 pontos na sessão precedente.
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 recuou 0,12% para 2.436,10 pontos, isto depois de na sexta-feira ter entrado em território nunca explorado, nos 2.440,23.
Também o tecnológico Nasdaq Composite seguiu a mesma tendência de descida ligeira, tendo resvalado 0,16% para 6.295,68 pontos. Na sessão de 2 de Maio, marcou um máximo de sempre nos 6.308,76 pontos.
A penalizar a negociação estiveram sobretudo os títulos ligados à energia, num dia em que os preços do crude voltaram a perder terreno nos principais mercados internacionais – ainda pressionados pelo facto de o maior produtor da Rússia, Rosneft, ter vindo dizer que vê riscos de a exploração a partir de xisto betuminoso poder anular os efeitos do acordo de corte da oferta delineado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Além dos receios aliados a um excesso de oferta nos mercados mundiais, o "ouro negro" esteve também a ser pressionado pelas tensões diplomáticas no Médio Oriente – que envolvem algumas nações produtoras de petróleo –, reflectidas pelo corte de relações diplomáticas de cinco países da região com o Qatar.
Ainda nas matérias-primas, também os títulos mineiros estiveram hoje sob pressão devido às quedas de alguns metais de base, com destaque para o zinco e o estanho.
Ainda do lado das perdas, destaque para a Apple, que recuou 1% depois de ter apresentado novos produtos e software que não constituíram grande surpresa.
Os mercados estão agora de olhos postos já na próxima quinta-feira, dia em que se realizam as eleições gerais no Reino Unido e em que o Banco Central Europeu anunciará a sua decisão de política monetária. Um dia antes, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publica o seu "outlook" económico para 2017.
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