A bolsa de Lisboa fechou em baixa ligeira esta terça-feira, contrariando os ganhos das principais praças europeias, ainda animadas pelas perspetivas mais positivas nas negociações comerciais entre EUA e UE.

O índice de referência nacional, o PSI, desceu 0,02% para 7.370,95 pontos, com 11 dos seus 15 títulos no vermelho, pressionado pela queda de mais de quase 4% da Mota-Engil, após apresentar resultados, que não convenceram os investidores.

Na madrugada desta terça-feira, a construtora reportou uma subida dos lucros de 37% para 27 milhões até março, enquanto a carteira de encomendas estabilizou nos 15 mil milhões. A cotada desceu 3,90% para 4,528 euros.

As cotadas ligadas ao setor do papel também pressionaram, com a Altri a descer 2,55% e a Semapa a cair 1,44%, enquanto a Navigator cedeu uns menos expressivos 0,28% para 3,518 euros.

A EDP Renováveis e a Sonae fecharam igualmente no vermelho: a elétrica perdeu 0,69% para 8,65 euros, enquanto o conglomerado cedeu 0,79% para 1,248 euros, depois de ter anunciado a venda das marcas de moda MO e Zippy à equipa de gestão por 20 milhões.

A impedir perdas maiores para o índice, a Jerónimo Martins liderou os ganhos com uma valorização de 1,72% para 22,48 euros, depois de a Checo Wood & Company ter aumentado o "target" da retalhista em quase dois euros.

O BCP manteve também a sequência positiva das últimas sessões, animado por sucessivas revisões de "target" pelos analistas. O banco subiu 1,34% para 0,682 euros e continua a negociar em máximos de 2015.

Apenas mais uma cotada valorizou nesta sessão: a EDP, que ganhou 0,43% para 3,522 euros.

Fora do índice principal, destaque para as ações da Benfica SAD, que dispararam 13,33% para um novo máximo histórico de 6,12 euros, tendo atingido os 6,3 euros durante a sessão.