Wall Street recupera ao final do dia após dados do emprego
As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em baixa, com os dados fracos do emprego nos Estados Unidos a colocarem em causa a robustez da maior economia do mundo, mas a valorização das matérias-primas acabou por influir mais no sentimento dos investidores.
Os mercados accionistas norte-americanos arrancaram esta sexta-feira no vermelho, pela quarta sessão consecutiva, pressionados pela desaceleração do crescimento do emprego nos Estados Unidos. No entanto, como os salários aumentaram, a maioria das expectativas quanto ao ‘timing’ da próxima subida das taxas de juro por parte da Fed manteve-se.
Perto do fim da jornada bolsista, as bolsas conseguiram inverter para a alta, sustentadas sobretudo pelos títulos ligados às "commodities", num dia de valorizações nos preços dos metais, do ouro ao cobre, e do petróleo.
O Dow Jones fechou a somar 0,45% para 17.740,63 pontos e o S&P 500 avançou 0,30% para 2.057,14 pontos.
Por seu lado, o Nasdaq Composite ganhou 0,40% para 4.694,1 pontos.
O Departamento do Trabalho dos EUA anunciou que o sector privado da maior economia do mundo criou 160 mil empregos em Abril, abaixo dos 200 mil aguardados pelos analistas. A taxa de desemprego ficou estável nos 5%, quando os economistas esperavam uma queda para 4,9%.
Os investidores têm estado nas últimas sessões a revelar receios renovados quanto à debilidade da economia mundial [os mais recentes dados macroeconómicos, nomeadamente os valores da produção industrial no Reino Unido e na China, que ficaram abaixo do esperado, reforçaram esses medos], preocupados com o facto de isso poder penalizar os EUA. Com os dados de hoje nos Estados Unidos, esses temores intensificam-se.
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