Jovens impulsionam novo crédito à habitação para máximo histórico

Foram concedidos mais de dois mil milhões de euros em crédito à habitação. A taxa de juro caiu pelo nono mês consecutivo e fixou-se em 2,85%, mantendo-se em minímos de outubro de 2022.
Casas Habitação
Miguel Baltazar
Diogo Mendo Fernandes 11:19

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação caiu pelo nono mês consecutivo em outubro para 2,85% -, mantendo-se no valor mais baixo desde outubro de 2022. Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal mostram ainda que nos primeiros nove meses do ano esta taxa baixou 0,38 pontos percentuais.

Apesar da descida dos juros nas novas operações, a descida aconteceu apenas nos contratos renegociados, ao recuar 0,4 pontos percentuais para 2,88%, enquanto nos novos contratos a taxa se manteve nos 2,84%

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Em comparação com os restantes países da Zona Euro, Portugal já desceu quatro posições desde o início do ano e está atualmente na quinta posição mais baixa. A taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação do conjunto dos países da área do euro diminuiu 0,02 pp. para 3,30%.

A taxa mais baixa foi registada nas operações a taxa mista, de 2,75%, seguida pela taxa variável, nos 2,83%, com um aumento de 0,01 pp. A taxa de juro média das novas operações a taxa fixa também desceu, 0,04 pp., para 3,42%, sendo a mais elevada das três.

Em outubro, 73% dos novos empréstimos à habitação foram contratados a taxa mista (isto é, com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período com taxa de juro variável), 24% com taxa variável e 4% a taxa fixa. Os contratos a taxa mista representavam 42% do "stock" de crédito à habitação.  A prestação média mensal do "stock" dos empréstimos à habitação aumentou em outubro, fixando-se nos 414 euros.

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Os novos contratos de empréstimos a particulares atingiram 3.085 milhões de euros, um aumento de 150 milhões face a setembro e o valor mais elevado da série do BdP, que remonta a dezembro de 2014. O montante total foi impulsionado pelos novos contratos de empréstimo para habitação e consumo, que atingiram máximos históricos.

Na finalidade de habitação subiu 77 milhões de euros para 2.160 milhões, num mês em que os jovens até aos 35 anos representaram 61% do montante total, "1 ponto percentual acima do observado em setembro e em linha com os últimos oito meses", indica o supervisor nacional. Nas novas operações de empréstimos ao consumo, a taxa de juro média atingiu 8,86% em outubro, registando um aumento de 0,09 pp. em relação a setembro. Nos empréstimos para outros fins, o juro médio diminuiu 0,07 pp, para 3,47%.

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