Bélgica pede extradição de italiano que lavou dinheiro em bitcoin para traficantes de droga
O dono de uma "fintech" em Londres está a ser acusado pelo Ministério Público belga de tentar lavar centenas de milhões de euros de traficantes de droga, através de uma plataforma de negociação de criptomoedas. O caso tem dimensões raramente vistas por procuradores europeus, segundo descreve a Bloomberg.
PUB
As autoridades belgas já pediram a extradição do Reino Unido de Caio Marchesani, um italiano de 38 anos que terá alegadamente e de forma "consciente e intencional" - segundo a acusação - convertido dinheiro em bitcoin para Sérgio Roberto de Carvalho, um dos chefes de de organizações criminosas mais procurados até ter sido preso em 2022, segundo a Interpol.
Além disso, o cidadão italiano terá ainda lavado dinheiro para Flor Bressers, batizado com a alcunha "Corta dedos", pelas autoridades belgas e que também foi detido o ano passado.
Marchesani é dono da Trans-Fast Remittance, uma empresa de pagamentos, licenciada pelo supervisor financeiro britânico. Em maio, o cidadão italiano foi detido no aeroporto londrino de Heathrow, estando a aguardar o desfecho do pedido de extradição.
PUB
Contactado pela Bloomberg, o supervisor britânico assegurou que está a trabalhar com a empresa de pagamentos, de forma a executar os trabalhos de supervisão.
A investigação do Ministério Público belga teve começou há três anos, depois de os Países Baixos terem apreendido mais de 12 toneladas de cocaina, avaliadas em 260 milhões de euros no porto de Roterdão.
Ao todo, já foram identificados 33 suspeitos, ligados ao Brasil, a Hungria, a República Checa e França. Cinco estão em prisão preventiva.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Bélgica Londres Ministério Público Bloomberg crime lei e justiça crime lei e justiça crime económico crime bitcoinQuem pediu o euro digital?
Mais lidas
O Negócios recomenda