"Rally" da bitcoin não conhece travões. Criptomoeda ronda os 112 mil dólares
O "rally" da bitcoin está de volta. Depois de vários meses de grande turbulência, que atiraram os preços da criptomoeda mais famosa do mundo abaixo dos 75 mil dólares em abril, o mercado dos criptoativos conseguiu encontrar novos catalisadores - e o céu parece ser o limite.
A bitcoin bateu novos máximos históricos esta madrugada, ao disparar 3,3% para 111.878 dólares, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Isto, numa altura em que o setor tem conseguido seduzir investidores institucionais e conquistado uma maior integração nos mercados financeiros.
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A onda de otimismo em torno dos criptoativos foi adensada com a aprovação por parte do Senado norte-americano de um projeto-lei que pretende regular o uso de "stablecoins" (criptomoedas indexadas a um ativo, como o dólar) - o "GENIUS Act". O setor olha para este projeto como uma das suas principais armas para seduzir os investidores institucionais, tendo desembolsado mais de 119 milhões de dólares a apoiar candidatos pró-cripto nas últimas eleições norte-americanas.
No entanto, e ao contrário de "rallies" passados, os investidores acreditam que a mais recente escalada nos preços não está a acontecer apenas devido ao otimismo que se vive em torno do setor por estes dias. "Ao contrário dos ciclos anteriores, este 'rally' não está a ser impulsionado apenas pelo bom momento do setor", começa por explicar Julia Zhou, Chief Operating Officer da Caladan, à Bloomberg. "[O 'rally'] está ainda a ser sustentado por uma oferta e procura robusta e persistente", adiciona.
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Com mais uma barreira psicológica ultrapassada, os analistas e investidores já fazem contas ao próximo objetivo. Para conseguir negociar acima dos 125 mil, a bitcoin "vai ter de provar que consegue manter-se acima dos 110 mil dólares por algum tempo", sinaliza Tony Sycamore, analista de mercados da IG, mas o vento sopra a favor do setor - e os mais recentes desenvolvimentos no tecido empresarial norte-americano são prova.
Com a Strategy a continuar a reforçar os seus cofres com bitcoin (a reserva da empresa já vale mais de 50 mil milhões), são várias as companhias que querem replicar esta estratégia. Exemplo disso é a Cantor Fitzgerald, que está a trabalhar com a Tether e com o SoftBank Group para lançar a Twenty One Capital - uma empresa que pretende ser uma "reserva" de bitcoins.
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