Emprego e inflação preocupam Fed. Mesmo com cortes de juros
O banco central dos Estados Unidos deverá proceder a mais duas reduções da taxa diretora até ao final do ano.
A maioria dos responsáveis da Reserva Federal (Fed) norte-americana mostrou um maior receio perante o mercado de trabalho, ao passo que, no que toca à inflação, considerou que “o risco não aumentou”. O sentimento foi demonstrado na última reunião de política monetária do banco central, a 16 e 17 de setembro, revelam as atas desse encontro.
Na reunião do mês passado – em que a Fed decidiu proceder ao primeiro corte de juros deste ano, com a redução em 25 pontos-base da taxa dos fundos federais para um intervalo entre 4% e 4,25% –, a maioria dos responsáveis do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) mostrou-se favorável a novas descidas dos juros diretores este ano.
No entender da maioria dos participantes, o risco de que o desemprego aumente intensificou-se face à previsão feita na reunião do FOMC em julho, ao passo que o risco de aumento da inflação “diminuiu ou não aumentou”, referem as atas divulgadas nesta quarta-feira.
Em setembro, 11 membros da Fed votaram a favor de um corte de 25 pontos-base e apenas um – Stephen Miran, o novo nomeado de Donald Trump – pretendia uma redução mais expressiva, de 50 pontos-base.
Todos os responsáveis mostraram vontade de que se continue a cortar a taxa dos fundos federais, pelo que se espera que na reunião deste mês – que se realiza a 28 e 29 de outubro – seja definida mais uma descida de 25 pontos-base.
Os membros do FOMC afirmaram que continuarão a pesar os riscos nos domínios da inflação e do emprego, sublinhando a importância de uma abordagem equilibrada na defesa do seu duplo mandato: estabilidade dos preços e pleno emprego.
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