As principais praças europeias voltam a negociar em terreno negativo penalizadas pela apresentação de resultados de empresas que ficaram aquém do esperado pelos analistas. Os índices europeus seguem o comportamento iniciado pelos asiáticos depois de a produção nas fábricas japonesas ter recuado, o que poderá penalizar os lucros de algumas empresas.

A liderar as quedas seguia a Rhodia, a maior fabricante francesa de químicos, que registava a maior queda em quatro anos depois de ter divulgado resultados desanimadores. O EBITDA do quarto trimestre de 2007 subiu para 199 milhões de euros face aos 204 milhões de euros previstos pelos analistas contactados pela Bloomberg.

"A precaução está a dominar o cenário", referiu Guillaume Duchesne, estratega no Fortis Private Banking, citado pela agência Bloomberg, que acrescentou que "as previsões dos analistas nos últimos trimestres têm sido optimistas. Arriscamo-nos a revisões significativas de resultados na Europa. O contexto não é favorável para as acções."

A Bayer anunciou que os lucros do quarto trimestre de 2007 caíram 78% e perspectivou um aumento nas vendas para este ano que é o mais baixo desde 2004, devido aos elevados preços do petróleo com que a unidade de plásticos se está a deparar. O resultado líquido da empresa alemã, no quarto trimestre, caiu para os 67 milhões de euros, o que compara com os 311 milhões de euros do ano anterior.

O índice Dow Jones Stoxx 600 recua pela segunda sessão consecutiva, perdendo 0,90%.

O AEX [AEX], em Amsterdão, liderava as perdas ao ceder 0,96% para os 458,16 pontos, seguido do CAC [CAC] que descia 0,83% para os 4.927,63 pontos. O DAX [DAX] desvalorizava 0,80% para os 6.941,70 pontos, enquanto o Footsie cedia 0,76% para os 6.030,40 pontos. Em Madrid, o IBEX [IBEX] perdia 0,47% para os 13.391,20 pontos.