Máximo da Sonae e valorização da EDP impulsionam bolsa (act)
A bolsa nacional registou a maior subida desde dia 13 de Dezembro impulsionada pelo avanço da Sonae SGPS – que alcançou novo máximo desde 2001 – e pela valorização de quase 2% da Energias de Portugal. O PSI-20 somou 0,62%, numa sessão em que a liquidez at
A bolsa nacional registou a maior subida desde dia 13 de Dezembro impulsionada pelo avanço da Sonae SGPS – que alcançou novo máximo desde 2001 – e pela valorização de quase 2% da Energias de Portugal. O PSI-20 somou 0,62%, numa sessão em que a liquidez atingiu o valor mais elevado desde dia 21 de Dezembro, com 153,8 milhões de euros negociados.
O principal índice da bolsa nacional cotou nos 7.651,87 pontos com 12 acções a subir, seis em queda e duas inalteradas, numa sessão em que a liquidez foi a mais elevada desde dia 21 de Dezembro, com 154,2 milhões de euros negociados, mais do dobro da anterior à anterior. Os valores do PSI-20 não foram actualizados cerca de 40 minutos antes do seu fecho, devido a problemas técnicos revelou a Euronext.
A Energias de Portugal [edp] foi o título que mais impulsionou com uma subida de 1,35% para 2,25 euros, tendo negociado 12,11 milhões de papéis. O BPI considera que as afirmações do presidente da Rede Eléctrica Nacional (REN), José Penedos, de que a EDP está fragilizada e que poderá ser alvo de uma OPA, tem um impacto «neutral» para a eléctrica nacional, defendendo não esperar movimentos «a médio prazo envolvendo a EDP e uma ‘utility’ espanhola».
A Autoridade da Concorrência está atenta à entrada da EDP no negócio da distribuição de gás em Portugal, através da Portgás. Isto porque, a eléctrica nacional tem uma «call-option» (opção de compra), acordada com a Galp, sobre uma participação de 46,625% da Portgás e com a qual a eléctrica fica com 59,55% da distribuidora de gás.
A Sonae SGPS [son] foi a outra acção responsável pela tendência do índice já que apreciou 1,83% para os 1,11 euros, depois de atingir novo máximo de 2001 nos 1,12 euros. Depois de ter superado a barreira do um euro, a empresa «tem andado bastante bem», com uma «melhoria da actividade» e um «clima de maior optimismo económico» defendeu um operador contactado pelo Jornal de Negócios online.
«As recomendações do último mês têm sido positivas, o que também está a influenciar» o título, segundo o mesmo responsável, que acrescenta que a «opinião por parte dos bancos de investimento» é positiva e reúne consenso. A Sonae negociou 15,13 milhões de títulos mais do que a eléctrica nacional.
A Sonaecom [scn] também subiu 1,59% a cotar nos 3,83 euros. Os títulos da Sonaecom lideram a carteira de acções com maior potencial do Millennium bcp investimento, com um potencial de valorização de 28% em 2005.
O Banco Comercial Português [bcp] também impulsionou com uma valorização de 0,53% para 1,91 euros. A venda da actividade de crédito ao consumo não automóvel do Banco Comercial Português (BCP) tem um impacto «positivo», segundo o «research» do BPI que destaca que este anúncio mostra que o banco liderado por Jardim Gonçalves se está a focar do seu principal negócio – banca de retalho.
Na restante banca, o Banco BPI [bpin] subiu 0,67% para 3,02 euros, ao contrário do Banco Espírito Santo [besnn] que caiu 0,15% para 13,28 euros. O BPI decidiu desfazer-se da participação de 24,5% na Aquapor para ganhar capacidade financeira para investir em outros negócios no sector das águas, apurou o Jornal de Negócios.
A Portugal Telecom (PT) [ptc] somou 0,44% para os 9,09 euros, e a sua participada, PT Multimédia [ptm] avançou 1,35% para os 18,75 euros. O grupo Portugal Telecom passou a deter 21% da Folha-UOL, o segundo maior conglomerado de média do Brasil, com uma facturação estimada em 1,3 mil milhões de reais (360 milhões de euros). A operadora de telecomunicações portuguesa torna-se assim a primeira estrangeira a ser accionista de um grande jornal brasileiro.
A travar ganhos maiores fechou a Brisa [brisa], a corrigir dos ganhos de ontem, com uma queda de 0,30% para 6,74 euros. A Cimpor [cim] também perdeu 0,48% para 4,14 euros.
A área de media fechou mista com a Media Capital a subir 2,24% para os 5,48 euros e a Cofina [cofi] a ganhar 2,16% para os 3,78 euros, enquanto a Impresa [ipr] perdeu 1,38% para os 5,70 euros. O impacto das audiências, ontem divulgado, é «neutral» para as duas empresas. «Os resultados das audiências de Dezembro e do ano já eram esperadas», conclui o Iberian Daily do BPI.
A Reditus fechou inalterada nos 4,47 euros depois de no primeiro dia de entrada no PSI-20 (ontem) ter subido mais de 10%. A Novabase, que também começou a negociar no principal índice da bolsa nacional, caiu 0,96% para 6,21 euros. As que saíram do PSI-20 a partir de ontem encerraram mistas com a Portucel [ptc] a cair 2,14% para 1,37 euros, mas com a Teixeira Duarte a somar 1% para 1,01 euros.
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