O petróleo seguia a cair em Nova Iorque e Londres, impulsionado pelo aumento da produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPE), que em Agosto deverá atingir níveis de exportação não alcançados desde 1980.

O contrato do crude com entrega em Agosto seguia a deslizar 0,12% para os 41,59 dólares (33,61 euros) na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o «brent», com entrega em Setembro desvalorizava 0,37% para os 37,76 dólares (30,52 euros) na International Petroleum Exchange.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) poderá fazer com que a produção aumente para os 30 milhões de barris por dia no próximo mês, disse a PetroLogistics, citada pela Bloomberg. A confirmar-se a previsão, a produção do agrupamento de exportadores alcançaria níveis de 1980, altura em que o fornecimento atingiu os 30,06 milhões de barris por dia, de acordo com os dados do governo dos EUA.

A Arábia Saudita, maior exportador mundial, aumentou a sua produção diária em 7% no mês passado, para 9,26 milhões de barris, evolução esta que deverá reflectir-se nas importações dos EUA este mês.

Os inventários dos Estados Unidos da América poderão ainda assim ter diminuído em 950 mil barris na passada semana, segundo a agência noticiosa norte-americana, com as refinarias operaram a 95,7% da sua capacidade.

Ontem o crude atingiu o valor máximo de seis semanas perante preocupações de que a procura deverá ter ficado acima dos inventários de petróleo pela segunda semana consecutiva. Os «sotcks» deverão ter caído 0,3% a semana passada, segundo economistas consultados pela agência referida, cujos dados serão amanhã divulgados pelo Departamento de Energia dos EUA.