Gás natural já não é a "mina de ouro" da Citadel. Retorno em mínimos de sete anos
Será o sexto ano desde a sua criação, em 1990, que a Citadel regista o pior retorno da história. As tensões geopolíticas no Médio Oriente vieram trocar as voltas à gestora de "hedge funds", que nos últimos anos dependia da negociação de "commodities" para impulsionar os seus resultados.
O gás natural era a "galinha dos ovos" de ouro para a empresa, sobretudo desde o deflagrar da guerra na Ucrânia. Com uma crise energética instalada por todo o mundo, que trouxe muita volatilidade aos mercados, as apostas da empresa nas "commodities" renderam, em 2022, oito mil milhões de dólares, cerca de metade dos lucros da Citadel.
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Nos dois anos seguintes, o lucro com a aposta em matérias-primas caiu para metade (quatro mil milhões) e, neste ano, devem afundar de forma dramática. Segundo avança a Bloomberg, os lucros subiram apenas 9,3% até 18 de dezembro, à boleia de ações, rendimento fixo, crédito e estratégias quantitativas, e até mesmo com commodities - ainda que os lucros tenham baixado -, incluindo o gás natural, após recuperar as perdas no início do ano.
A empresa liderada por Kenneth Griffin (na foto) tem na sua carteira 72 mil milhões de dólares em ativos, e a aposta em "commodities" surgiu sobretudo desde 2017, quando Sebastian Barrack tomou as rédeas do "hedge fund". O gás natural foi, desde logo, um dos grandes motores de lucro da gestora, levando-a mesmo a tornar-se um gigante nos mercados de matérias-primas, depois de ter construído uma divisão de trading focada no transporte e armazenamento do combustível fóssil na América do Norte.
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