Conheça as apostas do substituto de Warren Buffett
Todd Combs, o novo gestor de activos da sociedade de Buffett, especializou-se no sector financeiro, uma das áreas preferidas do "guru" da bolsa.
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Todd Combs | A aposta na queda das cotações é apontada como um dos segredos para a rendibilidade alcançada pelo gestor no “hedge fund” Castle Point. |
Após três anos de busca, Warren Buffett finalmente encontrou o candidato perfeito para a sua sucessão. Todd Combs, até agora um gestor de activos pouco conhecido do público, foi nomeado gestor de investimentos da Berkshire Hathaway, a sociedade que serve de veículo para as apostas bolsistas de Buffett e do seu parceiro Charlie Munger.
"Eu e o Charlie Munger procurámos alguém com o calibre do Todd para gerir um porção significativa do portefólio da Berkshire. Estamos encantados por o Todd se juntar a nós", disse Warren Buffett após a nomeação. A urgência em encontrar um substituto era cada vez maior, já que Buffett e Munger já não são novos: têm 80 e 86 anos, respectivamente. Todd Combs, de 39 anos, poderá não ficar sozinho a gerir os investimentos da Berkshire Hathaway. Buffett já referiu que poderiam contratar mais do que um gestor para lidar com o dinheiro da companhia.
Todd Combs é pouco conhecido do público por opção. Em declarações à revista "Fortune", Warren Buffett descreveu-o como um verdadeiro americano "que não está minimamente interessado em publicidade". Em 2005, o mais recente "guru" da bolsa lançou a sociedade gestora do "hedge fund" Castle Point, que se especializou no investimento em acções do sector financeiro. Apesar dos vários momentos traumáticos que a indústria passou desde então (basta recordar as várias falências na América do Norte), Combs conseguiu contornar a crise. O fundo ganhou 13,6 por cento em 2006 e 19 por cento em 2007 para depois cair 5,7 por cento em 2008 e recuperar 6,2 por cento no ano passado, de acordo com a agência Bloomberg. O sucesso de Todd Combs pode estar na possibilidade de o fundo poder especular na queda das acções do sector financeiro.
Confiança no sector financeiro
Os analistas que acompanham a actividade da Berkshire Hathaway salientam que a escolha de Todd Combs para o assento de gestor de investimento faz particular sentido porque as principais participações da companhia de Warren Buffett também são do sector financeiro. Desde 1967 que Buffett aprecia o investimento em companhias de seguros, quando comprou duas seguradoras de Omaha, a sua terra natal, segundo o livro "Warren Buffett e as Estratégias de Um Grande Investidor". O autor, Robert Hagstrom, diz que "foi o início de uma história de sucesso fenomenal".
Embora sejam veículos pouco regulados, os "hedge funds", como o Castle Point, são obrigados a declarar à Securities and Exchange Commission, a homóloga da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, todos os seus investimentos em acções cotadas nos mercados estado-unidenses. O documento de participações no final do primeiro semestre coloca as acções do US Bancorp, o quinto maior banco comercial norte-americano, no topo das preferências. Nos lugares seguintes estão a MasterCard, um dos principais emissores de cartões de crédito, a State Street, que tem sob custódia mais de 15 biliões de euros, e a Western Union, a companhia de transferências monetárias.
A informação submetida pelo Castle Point ao supervisor do mercado norte-americano mostra que Todd Combs evitou as principais catástrofes desde 2005. Nunca apostou na subida dos pesos-pesados que mais sofreram com a crise, como a AIG, Lehman Brothers, Bear Stearns, Citigroup, Washington Mutual, Countrywide, Fannie Mae e Freddie Mac. Porém, a Castle Point apenas é obrigada a publicar a suas posições longas, isto é, não é possível saber quais foram as acções em que apostou que iam cair.
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Li Lu, um gestor de "hedge funds" com ligações ao sócio de Buffett, recusou ser o gestor de investimento da Berkshire Hathaway.
O gestor que vai tomar conta do dinheiro de Warren Buffett evitou os maiores desastres desde 2005. Depois da redução temporária da participação, Warren Buffett volta a comprar acções da multinacional. Depois de uma ligeira crise de liquidez, o dinheiro volta a rolar aos milhões na Berkshire Hathaway. Nas últimas semanas, o líder da sociedade, Warren Buffett, teve a oportunidade de comprar negócios inteiros, como já confirmou que prefere: adquiriu a unidade de resseguros da Sun Life e a Horizon Wine and Spirits, que juntou à sua divisão de bebidas alcoólicas. O sinal de que havia fundos disponíveis para investir já tinha sido dado quando o "guru" da bolsa anunciou a lista de aquisições do segundo trimestre de 2010. Depois de uma fase de redução da aplicação nas acções da Johnson & Johnson, Buffett voltou a acumular acções do grupo farmacêutico e de produtos médicos. A Berkshire tinha alienado parte da aposta na multinacional quando necessitou de capital para financiar a compra de obrigações do banco Goldman Sachs e da General Electric, bem como o lançamento da oferta pública de aquisição sobre a companhia de caminho-de-ferro Burlington Northern Santa Fe. No segundo trimestre, Warren Buffett gastou cerca de 860 milhões de euros na aquisição de acções. Além da Johnson & Johnson, também reforçou posições no fabricante de equipamento médico Becton Dickinson, na farmacêutica Sanofi-Aventis, na companhia de tratamento de água Nalco e na firma de gestão documental Iron Mountain. Além destas escolhas, Buffett ainda comprou acções da especialista em sistema de processamento de produtos financeiros Fiserv, uma estreia no portefólio da Berkshire Hathaway.Berkshire regressa à Johnson & Johnson
de Warren Buffett evitou os maiores
desastres desde 2005.
Berkshire regressa à Johnson & Johnson Depois da redução temporária da participação, Warren Buffett volta a comprar acções da multinacional. Depois de uma ligeira crise de liquidez, o dinheiro volta a rolar aos milhões na Berkshire Hathaway. Nas últimas semanas, o líder da sociedade, Warren Buffett, teve a oportunidade de comprar negócios inteiros, como já confirmou que prefere: adquiriu a unidade de resseguros da Sun Life e a Horizon Wine and Spirits, que juntou à sua divisão de bebidas alcoólicas. O sinal de que havia fundos disponíveis para investir já tinha sido dado quando o "guru" da bolsa anunciou a lista de aquisições do segundo trimestre de 2010. Depois de uma fase de redução da aplicação nas acções da Johnson & Johnson, Buffett voltou a acumular acções do grupo farmacêutico e de produtos médicos. A Berkshire tinha alienado parte da aposta na multinacional quando necessitou de capital para financiar a compra de obrigações do banco Goldman Sachs e da General Electric, bem como o lançamento da oferta pública de aquisição sobre a companhia de caminho-de-ferro Burlington Northern Santa Fe. No segundo trimestre, Warren Buffett gastou cerca de 860 milhões de euros na aquisição de acções. Além da Johnson & Johnson, também reforçou posições no fabricante de equipamento médico Becton Dickinson, na farmacêutica Sanofi-Aventis, na companhia de tratamento de água Nalco e na firma de gestão documental Iron Mountain. Além destas escolhas, Buffett ainda comprou acções da especialista em sistema de processamento de produtos financeiros Fiserv, uma estreia no portefólio da Berkshire Hathaway. |
Depois da redução temporária da participação, Warren Buffett volta a comprar acções da multinacional.
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