MP3 - Leitores no top dos tops
Os leitores de música digitais são uma das categorias de aparelhos electrónicos que mais cresceu nos últimos anos em termos de diversidade. Adaptaram-se ao gosto e estilo dos utilizadores e ganharam espaço como companheiro essencial das actividades de lazer.
No “jogging”, no ginásio, no comboio, no avião ou até quando trabalha, os leitores de MP3 tornaram-se companheiros habituais que muitos já não dispensam. Garantem a possibilidade de ouvir as músicas favoritas e o transporte, no bolso, de toda a discografia que antes enchia várias prateleiras. Os pequenos dispositivos digitais evoluíram significativamente nos últimos anos, melhorando a qualidade de som, a capacidade de guardar músicas e vídeos e a duração da bateria, uma transformação que foi acompanhada pela digitalização do mercado da música, que vende cada vez menos CD para dar lugar aos álbuns e faixas de música digitais, principalmente em formato MP3.
Tal como noutros dispositivos, não há uma fórmula única para escolher o melhor equipamento, até porque diferentes opções de utilização, gostos pessoais e orçamento disponível condicionam as escolhas. E o próprio mercado ajustou-se a esta diversidade, com as principais marcas a oferecerem diversas opções a nível de tecnologia de equipamentos mas, também, de cores e formatos, sendo cada vez mais popular o lançamento de modelos “temáticos”, personalizados de acordo com as orientações de um determinado artista, um clube de futebol ou uma marca de produtos infantis, ou seguindo uma campanha filantrópica, uma tendência da qual os produtos RED, com o apoio à Cruz Vermelha, são o melhor exemplo.
Para esta comparação, optámos pelos leitores de MP3 de topo de gama das marcas reconhecidas pela qualidade, o que se reflecte nas quotas de mercado mas, também, no investimento na investigação e desenvolvimento para desenvolver os produtos e os promover. De fora ficaram os telemóveis com funções de MP3, uma opção que tem vindo também a ganhar destaque nas ofertas, juntando dois dos equipamentos que os mais jovens não dispensam num único aparelho.
Creative, Sony, Philips e a Apple foram as marcas seleccionadas neste artigo, sendo também as que se destacam pela variedade da oferta e reconhecimento de mercado, embora nem todas o façam pela tradição histórica nesta área.
A Sony tem o mérito de ter “inventado” a música portátil, com o conceito do Walkman que continua a utilizar em gamas de áudio, mas a Apple reinventou, nos últimos anos, o segmento dos leitores de música digital com os iPod, uma marca que já se tornou quase sinónimo de leitor de música portátil para muitos utilizadores. A aposta da marca de informática nestes pequenos aparelhos, que foi melhorando e diversificando, acabou por ditar os parâmetros mínimos para toda a concorrência, criando um ecosistema em torno dos iPod que não tem paralelo noutros equipamentos.
Para além de ter contribuído para o aumento significativo da venda de música digital legal – com a loja iTunes – o iPod potenciou uma nova indústria de acessórios, que vão de bolsas e suportes a colunas e mesmo mini-sistemas Hi-Fi suportados pelo pequeno leitor que se torna no centro de música e entretenimento. Mesmo os fabricantes da concorrência, como a Philips, se renderam a este domínio e têm sistemas de docas e colunas para o aparelho da Apple, o que contribui para a continuação do “charme” do iPod e da sua posição de liderança no mercado.

O crescimento do mercado de música digital é um dos impulsionadores da disseminação dos leitores de MP3. Para além desde formato que se popularizou e tornou “standard”, existem outras tecnologias de ficheiros de música usadas pelos fabricantes, que servem para gravar o som com maior ou menor qualidade mas, também, para proteger os ficheiros de cópias ilegais, através de tecnologias de DRM (Digital Rights Management). Para o utilizador esta profusão de formatos acaba por não ser tão simples como seria desejável, já que os formatos não são compatíveis entre si e a compra de um determinado ficheiro de música legalmente não garante que este possa ser ouvido em qualquer equipamento. A Apple tem sido uma das principais visadas pelos grupos de defesa dos consumidores em relação a esta questão e mesmo a Comissão Europeia tem vindo a pressionar a empresa para garantir a compatibilidade da música comprada na sua loja iTunes com outros leitores digitais.
Há vários factores a considerar na escolha de um leitor que se adeque às suas necessidades e orçamento. Perante a diversidade de equipamentos disponíveis nas lojas, tenha presente os seguintes tópicos:
Capacidade – A máxima “quanto mais, melhor” aplica-se naturalmente aos leitores de música digitais, sobretudo se optar por juntar o vídeo à equação. Mas, há que considerar aqui o equilíbrio entre o “óptimo” e o “bom”, sobretudo em termos de preço. Um leitor com 8 Gbytes de capacidade pode guardar até 4 mil músicas, o que é suficiente para muitas horas de audição e rivaliza claramente com as discografias de muitos melómanos;
Formatos – Há formatos para todos os gostos mas estes devem adaptar-se ao estilo de vida e de utilização do leitor. Se gosta de fazer desporto e ouvir música é melhor não escolher um equipamento muito grande, optando por um que seja vendido com braçadeiras ou clips que permitam prendê-lo de forma segura para não correr o risco de o perder ou deixar cair. Já se o objectivo é uma utilização mais sedentária, os ecrãs maiores para visualização de vídeo e acesso a jogos ou outras aplicações podem ser uma escolha interessante.
Vídeo – Os leitores de música são cada vez mais dispositivos multimédia e o vídeo é uma das adições mais recentes destes aparelhos, permitindo ver videoclips ou mesmo pequenos filmes e séries. A opção por esta funcionalidade é uma questão de gosto, mas experimente primeiro e tenha em consideração que por muito boa que seja a qualidade do ecrã, a sua dimensão reduzida não ajuda à melhor experiência. Há ainda que ter em conta que, ao contrário da música, a conversão e transferência de ficheiros de vídeo para estes leitores ainda não é muito fácil.
Bateria – A maior parte dos leitores digitais possui já baterias recarregáveis, que se podem ligar ao PC para recuperar energia e garantir dezenas de horas de música, mas vale a pena considerar este factor, até porque quanto mais funcionalidades tem o equipamento e quanto maior for o ecrã, mais consome bateria.
Robustez – Resistência a choques, a água e a riscos são essenciais não apenas para quem quer um companheiro desportivo mas também para quem gosta de manter os aparelhos em bom estado. Os aparelhos mais recentes oferecem estas garantias com chassis que são suficientemente resistentes, mas pode e deve optar por uma capa exterior para maior protecção.
Disco ou flash? – A capacidade já não é uma das principais questões que distinguem os equipamentos com armazenamento interno em disco ou flash, até porque as novas tecnologias já permitem guardar até 80 Gbytes nos dois casos. Note que os equipamentos com memória flash tendem a ser mais resistentes porque não possuem partes móveis, o que evita erros que por vezes afectam os discos.
De 2 a 32 Gbytes
A Creative é uma das marcas que mais tem apostado nos leitores de MP3, com uma gama diversificada de equipamentos e oferta de vários níveis de capacidade para cada um deles. O Zen é mais do que um leitor de música. Trata-se de um centro multimédia, com capacidade de ver filmes e fotografias no ecrã de 2,5 polegadas e um rádio FM incorporado, mas não perdendo muito na dimensão e peso. O leitor está à venda com capacidade entre os 2 e os 32 Gbytes, que pode ainda ser alargada através de um cartão de memória SD. A duração da bateria dá para 25 horas de reprodução de áudio ou 5 horas de reprodução de vídeo.
De 4 e 8 Gbytes
Sony Walkman
De 4 a 16 Gbytes
De 8 a 32 GBytes
Apple iPod nano
De 4 e 8 Gbytes
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