"Para conseguirmos criar riqueza temos de investir o nosso dinheiro"
Bárbara Barroso, especialista em finanças pessoais lembra que só é possível obter "ganhos reais positivos" rentabilizando as poupanças acima dos 2% da inflação. Para isso é preciso "investir o nosso capital" e "quebrar o mito de que se joga na bolsa".
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A taxa de poupança dos portugueses está em níveis máximos, mas muito dinheiro - 197 mil milhões de euros em setembro - estão guardados em depósitos nos bancos. Bárbara Barroso, especialista em finanças pessoais, alerta que se as poupanças não renderem acima da taxa de inflação, não se gera riqueza.
"Para conseguirmos criar riqueza efetiva temos de investir o nosso dinheiro e temos de ter ganhos reais positivos. O que é que isto quer dizer? Quer dizer que temos que ter ganhos acima do valor da inflação. Se nós temos a inflação em torno dos 2% apenas conseguimos ganhos reais positivos se conseguimos rentabilizar as nossas poupanças acima dos 2%", explica, em entrevista o programa do Negócios no canal NOW, no Dia Mundial da Poupança.
Para essa rentabilização acontecer é preciso recorrer ao mercado de capitais, diz. Admitindo que os portugueses "ainda são conservadores" - fruto, em parte, dos salários baixos -, Barroso sublinha que é possível mudar esse paradigma apostando "na educação e na literacia financeira". "Só as pessoas compreendendo algumas noções como o impacto da inflação, o efeito de capitalização via juros compostos, quebrar-se o mito de que se joga na bolsa - não se joga na bolsa, investe-se na bolsa -, só desmistificando é que efetivamente conseguimos trazer boas práticas para ajudar os portugueses a rentabilizar as suas poupanças", elabora.
Ainda assim, Bárbara Barroso apela à cautela na hora de investir. É preciso cuidado com as fraudes e também apostar na literacia para que os novos investidores saibam avaliar os riscos. "Há uma grande dificuldade do pequeno investidor em aferir risco (...) Estudando também a economia comportamental ligada à área financeira, é muito interessante perceber que pessoas que nunca investiram depois vão para as criptomoedas (...) Falando com as pessoas, diria que um dos principais erros é não conseguirem rentabilizar o seu capital com ganhos acima da inflação, mas isto advém muito, muito da dificuldade em aferir risco", explica.
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