Como a pandemia está a afetar os preços que os consumidores pagam pelos bens agrícolas

A diminuição da procura e a queda dos preços do petróleo devido à pandemia de covid-19 debilitou os preços de algumas matérias-primas da área alimentar e energética. Mas há outras que estão a ser beneficiadas pela corrida a produtos mais vitamínicos ou pelo armazenamento de bens essenciais por parte dos consumidores numa altura em que se verificam constrangimentos nalgumas cadeias de fornecimento e limitações da oferta de países produtores.
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Carla Pedro e Ana Sanlez 18 de Abril de 2020 às 15:00

A descida das cotações do crude tem atingido matérias-primas agrícolas utilizadas na produção de biocombustíveis, como é o caso do açúcar, do óleo de palma e do milho - e, no que diz respeito a este cereal, os futuros em Chicago estão em mínimos de 2016, com os EUA a estimarem uma forte queda na produção de etanol.

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Mas há também matérias-primas agrícolas que estão a beneficiar das quarentenas e do distanciamento social, devido à maior procura. É o caso do sumo de laranja, com a procura por vitamina C a fazer disparar o consumo desta bebida.

 

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Também a limitação das exportações por parte de alguns países, que querem salvaguardar os stocks para consumo nacional, tem feito subir alguns preços, como os do arroz e do trigo.

O confinamento de mais de meio mundo em casa – são mais de quatro mil milhões de pessoas que estão atualmente isoladas – também tem diminuído a mão-de-obra, o que dificulta a colheita e escoamento de produtos, muitos dos quais ficam igualmente retidos nos portos devido à quebra da atividade económica.

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