Vem aí um "oilmageddon"?
"Devemos todos recear um "oilmageddon". A recessão global, como nós a definimos, não deixará nenhum refúgio nas acções". O aviso é dos analistas do Citigroup que, citados pela Bloomberg, observam que os mercados estão numa espécie de "espiral de morte". Essa espiral é alimentada pela subida do dólar, pelos baixos preços das matérias-primas, pelas menores trocas comerciais e de capital e pela desaceleração das economias emergentes.
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Os analistas do Citigroup avisam que outro ano de subidas significativas do dólar, conjugadas com baixos preços das matérias-primas, em particular o petróleo, continuará a alimentar a tendência negativa que se vive nos mercados financeiros. Um dos factores a causar receios é a retirada dos petrodólares dos grandes fundos soberanos de países produtores de petróleo dos mercados financeiros internacionais.
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Defendem que neste cenário será "muito difícil para os responsáveis políticos nos mercados emergentes e desenvolvidos combaterem as forças deflacionistas e interceptar os riscos" de descida para a economia. No caso dos EUA, por exemplo, o Citigroup constata que os últimos anos quebraram o padrão histórico em que as expectativas de inflação não estavam muito correlacionadas com a evolução dos preços do petróleo.
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Mas essa dependência aumentou nos últimos anos, um fenómeno que pode ser justificado pelo maior peso dos fundos soberanos alimentados a petrodólares nos mercados financeiros.
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Os analistas do Citigroup consideram que se o dólar continuar a subir e os preços do petróleo não recuperarem até à fasquia dos 50 dólares, existe o risco de uma "recessão global significativa e sincronizada". E concluem que nesse cenário os mercados accionistas ainda irão sofrer mais.
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