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Procura por petróleo deve crescer ao segundo menor ritmo desde 2009, diz EIA

Nestes 16 anos, só em 2020, primeiro ano da pandemia, é que a procura teve pior desempenho. EIA não afasta impactos das tarifas de Trump no desaceleramento.

A EIA espera que a procura por petróleo cresça ao menor ritmo desde 2009.
A EIA espera que a procura por petróleo cresça ao menor ritmo desde 2009. AP
11 de Julho de 2025 às 12:05

O mercado de petróleo continua a dar sinais de debilidade. Esta sexta-feira, a Agência Internacional de Energia (EIA) atualizou as suas projeções para o consumo de crude para este ano, que indicam o menor ritmo de crescimento desde 2009 - se excluirmo 2020, ano em que a pandemia da covid-19 afundou a procura desta matéria-prima. No seu relatório mensal, a EIA revelou que espera que o consumo de petróleo cresça apenas em 700 mil barris por dia em 2025, uma revisão em baixa dos 720 mil barris esperados anteriormente, muito devido à fraca procura registada no segundo semestre.

Apesar de apontar fatores meteorológicos para justificar este desaceleramento, a EIA não exclui um impacto das tarifas da Administração Trump na procura por petróleo. “Embora possa ser prematuro atribuir este crescimento mais lento ao impacto negativo das tarifas, as maiores contracções trimestrais ocorreram em países que se encontraram na mira da turbulência comercial”, explicou a agência, apontando o dedo à China, Japão, Coreia do Sul e México.

Nestes países, o consumo de crude diminui entre 40 mil e 160 mil barris por dia em termos homólogos, mas, também nos EUA, se registou uma quebra considerável de 60 mil barris. Já a Europa mostrou-se "mais resiliente", diz a agência, bem como vários mercados emergentes fora do continente asiático. 

Este novo relatório da EIA está em contraciclo com as perspetivas da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados). O , numa reversão a alguns cortes de produção que começaram em finais de 2023. A organização antecipa que a procura pela matéria-prima cresça em 1,3 milhões de barris por dia este ano - previsões distintas que têm colocado a EIA e a OPEP em rota de colisão e que já valeram críticas de ambas as partes. 

A EIA estima que a produção de petróleo tenha aumentando em 2,9 milhões de barris por dia em junho, quando comparado com o mesmo período do ano passado. A maior parte dessa subida (1,9 milhões) vem de membros da OPEP+, que acreditam que a aceleração da procura vai permitir eclipsar o crescimento de crude no mercado. 

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