Ao minutoAtualizado há 14 min15h56

Passagem de ano não anima Wall Street. Ouro perto de melhor ano desde 1979

Acompanhe, ao minuto, a evolução dos mercados nesta quarta-feira, último dia do ano
Queda em Wall Street após ano de fortes retornos
AP/Seth Wenig
Negócios 15:39
Últimos eventos
há 14 min.15h56

Excesso de oferta leva petróleo a pior ano desde 2020

AP / Eric Gay

Os receios sobre o excesso de oferta fazem com que o petróleo esteja a registar o pior ano desde o surgimento da pandemia, em 2020, o que deverá prolongar-se em 2026.   

O Brent, de referência para o continente europeu, ganha 0,05% para 61,36 dólares, mas já perdeu cerca de 17% este ano, enquanto o WTI, benchmark para os EUA, ganha 0,17% para 58,05 dólares, mas acumula uma perda anual de cerca de 19%.       

O foco dos traders no curto prazo está agora na reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) e aliados que se realiza no fim de semana, e nas políticas da Administração Trump face a alguns dos principais produtores da matéria-prima: Rússia, Irão e Venezuela.

Os números dos relatórios das principais agências do setor confirmam o excesso de oferta verificado este ano, intensificada pela reversão dos cortes de produção da OPEP+, o que  não foi suficientemente contrabalançado pelas tensões geopolíticas  em torno dos grandes produtores de crude.  

“O mercado do petróleo deve continuar com um excesso de oferta em 2026, com uma forte produção não-OPEP por parte dos EUA, Brasil, Guiana e Argentina a ultrapassar uma procura global desequilibrada”, aponta à Bloomberg Kaynat Chainwala, analista da Kotak Securities Ltd.

Os riscos em torno da Rússia e Venezuela poderão servir como contrapeso, acrescenta, com os preços a deverem manter-se entre 50 e 70 dólares.

há 31 min.15h39

Ouro e prata caem mas encaminham-se para melhor ano desde 1979

Na última sessão do ano e contrariando a tendência de 2025, o ouro e a prata estão a cair, mas continuam a caminho de registar o melhor desempenho anual desde 1979, devido à procura acentuada de metais preciosos.      

O ouro desce 0,86% para cerca de 4.349,40 por onça, enquanto a prata cai 7,46% para 72,11 dólares, numa semana de volatilidade extrema, mas durante o ano dispararam cerca de 60% e 150%, respetivamente. 

Os metais têm sido beneficiados pela procura de ativos de refúgio num ano de crescentes riscos geopolíticos e pelos cortes de taxas pela Reserva Federal (Fed), uma vez que não pagam juros, juntamente com receios sobre a inflação e aumento do peso da dívida pública.

No caso do ouro, também houve procura por parte de investidores em ETF (fundos negociados em bolsa suportados pelo metal precioso) e de bancos centrais, o que ajudou a levar o metal amarelo a bater sucessivos recordes este ano.

há 51 min.15h19

Dólar prepara-se para maior queda anual desde 2017 pressionado por taxas da Fed

Tatan Syuflana / AP

O dólar prepara-se para registar a queda mais acentuada em oito anos, e a descida poderá ser maior no próximo ano, caso a Reserva Federal (Fed) opte por continuar a cortar as taxas de juro, tornando a moeda menos atrativa.    

O índice do dólar da Bloomberg recuou cerca de 8% este ano, prolongando a queda acentuada que sofreu aquando do anúncio das tarifas comerciais por parte do Presidente dos EUA, em abril. Esta quarta-feira, o índice sobe 0,17%.  

A pressão continuou depois de Donald Trump ter sinalizado várias vezes que pretende nomear um presidente da Fed mais “dovish” – favorável a taxas de juro mais baixas – para suceder ao atual presidente, Jerome Powell, em maio.      

“O principal fator para o dólar no primeiro trimestre vai ser a Fed”, assinala Yusuke Miyairi, estratega de câmbio do Nomura, à Bloomberg. “E não são só as reuniões de janeiro e março, mas quem será o presidente da Fed depois de Jerome Powell terminar o mandato”.

Com as apostas de mais dois cortes da Fed no próximo ano e sem perspetivas de reduções de taxas pelo BCE, o euro acelerou contra o dólar. Desde o início do ano, a moeda única sobe 13,5%. Esta quarta-feira, perde 0,23% para 1,1722.

14h52

Passagem de ano não anima Wall Street. Bolsas dos EUA abrem no vermelho

As ações dos EUA iniciaram a última sessão do ano em baixa, com a habitual subida da época natalícia, conhecida como “rally” do Pai Natal, a continuar ausente dos mercados.

O S&P 500 recua 0,22% para 6.880,88 pontos, continuando a tendência fraca do final do ano, enquanto o industrial Dow Jones perde 0,25% para 48.224,12 e o tecnológico Nasdaq recuam 0,19% para 23.374,25 pontos.

Os investidores conseguiram fortes retornos este ano, com os mercados a serem impulsionados pelo forte otimismo em torno da inteligência artificial, mas que também causou receios sobre uma possível bolha no setor.

O ano foi também marcado pelos conflitos comerciais desencadeados pela aplicação de tarifas pela Administração dos EUA, assim como pelas tensões geopolíticas decorrentes das guerras na Ucrânia e Médio Oriente.

A paralisação do governo federal já perto do final do  ano também não ajudou a economia, ao impedir a divulgação de dados cruciais que poderiam ter impacto na política de juros da Reserva Federal (Fed).             

Contudo, isso não impediu que as bolsas norte-americanas registassem uma forte progressão. Neste momento, os investidores fazem uma pausa, adiando as decisões para o início do próximo ano, depois de já terem encaixado fortes retornos.     

“Depois de um excelente ano para os mercados de ações, e com o posicionamento perto de máximos no final de novembro, os gestores de fundos e portefólio podem estar a fechar as apostas e a realinhá-las com o padrão”, assinala à Bloomberg Roberto Scholtes, diretor de estratégia do Singular Bank. “O nosso cenário base é que o ‘bull run’ continue, embora com mais volatilidade e resultando em retornos entre 3% a 6%.”

14h19

Stoxx 600 fica aquém de recorde mas tem melhor ano desde 2021

As ações europeias terminaram o ano com o maior ganho desde 2021, com o benchmark para o continente, o Stoxx 600, a valorizar quase 17%, impulsionado pelo crescimento económico resiliente e as perspetivas de aumento da despesa pública.

Esta quarta-feira, numa sessão mais curta devido às celebrações do Ano Novo, o índice caiu 0,08% para 592,29 pontos, ficando pouco aquém de um novo recorde. Nos principais índices nacionais, os movimentos foram ligeiros e o volume de transação fraco.

O francês CAC desceu 0,23%, enquanto o FTSE perdeu 0,09%, com o índice britânico a registar o melhor ano desde 2009, com um ganho de 21,5%. Já o IBEX desceu 0,27%, mas ganhou quase 50% no ano, o melhor registo anual desde 1993 e o segundo melhor da sua história. O DAX alemão e o itaiano FTSE MIB estiveram encerrados.

Em termos setoriais, os bancos tiveram o melhor desempenho, apresentando a maior valorização desde 1997.

Danni Hewson, diretora de análise financeira da AJ Bell, disse à Bloomberg que as ações devem manter o ímpeto no início do novo ano. "Os investidores têm olhado para além dos suspeitos do costume em busca de valor e diversificação, enquanto o dólar continua sob pressão e o mundo continua ser afetado pela turbulência geopollítica e receios de uma bolha de IA", refere.  

12h26

Taxa Euribor sobe a três meses e desce a seis e 12 meses

A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses.

A taxa a três meses subiu para 2,026%, contra os 2,016% de terça-feira, e permaneceu abaixo das taxas a seis (2,107%) e a 12 meses (2,243%).

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu hoje 0,016 pontos, ao ser fixada em 2,107%, abaixo dos 2,123% de terça-feira.

No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou 0,007 pontos face à última sessão, para 2,243%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário e a sua evolução está relacionada com as taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE).

Em Portugal, a Euribor a 12 meses, que foi a mais utilizada durante quase dois anos, até abril, representou, em outubro, 35,6% do montante das novas operações com taxa variável, enquanto a Euribor a três meses subiu para 5,7%. As operações com Euribor a seis meses representaram mais de metade (55,6%).

Em termos do 'stock' total de empréstimos à habitação, a Euribor a seis meses representava 38,5%, a Euribor a 12 meses 31,8% e a três meses 25,2%.

Na reunião de dezembro, o BCE manteve as taxas diretoras, de novo, pela quarta reunião de política monetária consecutiva, como tinha sido antecipado pelo mercado e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 04 e 05 de fevereiro de 2026, em Frankfurt, Alemanha.

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