Conflito entre Israel e Irão deixa Europa sem rumo. Stoxx 600 em mínimos de quase um mês
Juros registam alívio na Zona Euro
Dólar recua antes da Fed e perde força como ativo-refúgio
Ouro inalterado e platina bate máximos de quatro anos
Crude muda de direção e perde mais de 1,5% antes da Fed
Wall Street sem rumo em dia de decisão da Fed
Euribor desce a três, a seis e a 12 meses
Europa negoceia com ganhos modestos. Médio Oriente e Fed centram atenções
Juros das dívidas soberanas europeias registam agravamentos
Ouro recua ligeiramente com "traders" à espera de previsões de Powell
Dólar perde terreno com "traders" a aguardar pela Fed
Petróleo desvaloriza. Crude já subiu cerca de 10% desde início do conflito Israel-Irão
Ásia fecha dividida. Futuros europeus recuam em dia de decisão da Fed
Conflito entre Israel e Irão deixa Europa sem rumo. Stoxx 600 em mínimos de quase um mês
As principais praças europeias encerraram divididas entre ganhos e perdas, numa altura em que os investidores continuam a avaliar as tensões entre Israel e Irão. Com os EUA a envolverem-se cada vez mais neste conflito, os "traders" decidiram reduzir a sua exposição às ações europeias pela segunda sessão consecutiva.
“As ações estão a negociar com volatilidade e, apesar de as reações às tensões geopolíticas serem muitas vezes exageradas no início, continuamos muito cautelosos”, explicou Susana Cruz, analista da Panmure Liberum, à Bloomberg. “O risco será ainda maior se os EUA se envolverem diretamente”.
O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, recuou 0,36% para 540,33 pontos, atingindo mínimos de mais de três semanas. A grande parte dos setores terminou a sessão em baixa, com os serviços de saúde a liderarem as perdas. Já o imobiliário conseguir contrariar esta tendência de queda e encabeçar os ganhos da região.
A sessão desta quarta-feira foi marcada pela antecipação em torno da reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Num dia em que Donald Trump voltou à carga e pressionou Jerome Powell a aliviar a política monetária, o banco central deve manter as taxas de juro inalteradas, num contexto de grande incerteza em torno dos impactos da guerra comercial e da subida dos preços do petróleo com o estalar de um novo conflito no Médio Oriente.
Entre as principais movimentações de mercado, a Airbus avançou 1,39% para 162,98 euros, tendo chegado a subir quase 3%, depois de a companhia aérea ter indicado que vai começar a distribuir maiores dividendos no futuro. Já o UBS caiu 2,44%, depois de o Morgan Stanley ter cortado a recomendação da instituição financeira para "vender", citando a nova regulação suíça referente aos requisitos de capital que obrigam o banco a manter capital adicional de 26 mil milhões em CET1.
Nas praças europeias, Frankfurt caiu 0,50%, Paris cedeu 0,36%, enquanto Amesterdão perdeu 0,38%. Já Madrid avançou 0,08%, Londres ganhou 0,11% e Milão subiu 0,08%.
Juros registam alívio na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram em toda a linha esta quarta-feira, com os investidores à espera da decisão de política monetária do lado de lá do Atlântico, pela Reserva Federal.
Também hoje o Eurostat confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação da Zona Euro desacelerou três décimas para 1,9% em maio, em linha com a estimativa rápida divulgada.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 4,2 pontos-base, para 2,998%. Em Espanha, a "yield" da dívida com o mesmo vencimento desceu 3,7 pontos, para 3,124%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa recuou 3,6 pontos-base para 3,211%. Já os juros das "Bunds" alemãs, referência para a região, cederam 3,6 pontos para 2,495%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguiram a mesma tendência e recuaram 5,5 pontos-base para 4,532% em vésperas de reunião do Banco de Inglaterra, num dia em que o índice de preços ao consumidor (IPC) no Reino Unido ficou em 3,4% nos doze meses até maio, abaixo dos 3,5% de abril.
Dólar recua antes da Fed e perde força como ativo-refúgio
O dólar norte-americano está a perder terreno em relação ao iene e ao euro, uma vez que os conflitos entre Israel e o Irão parecem estar a estimular os investidores a procurarem por outras divisas seguras, enquanto a decisão sobre as taxas de juro da Reserva Federal restringiu a volatilidade do mercado.
"Grande parte do apetite pelo dólar como ativo-refúgio desapareceu e é por isso que o movimento tem sido relativamente limitado até agora", disse Matt Weller, analista da StoneX, à Reuters, que acrescenta que espera que a Reserva Federal (Fed) adote uma postura "bastante moderada" esta tarde, sem alterações aos juros.
Os "traders" vão antes atentar no que o presidente da Fed, Jerome Powell, disser sobre as perspetivas de crescimento e inflação da maior economia do mundo.
O euro avança assim 0,36% para 1,1521 dólares, ao passo que o dólar recua 0,47% para 144,60 ienes. O índice do dólar, que mede a força da "nota verde" face aos pares, cede 0,28% para 98,541 pontos.
Em relação a uma cesta de outras seis moedas, o dólar já perdeu cerca de 8% desde o início do ano, já que a confiança na economia norte-americana e na confiança dos EUA como parceiro comercial e diplomático, com Donald Trump à frente da Casa Branca, diminuiu.
Destaque ainda para a libra, que sobe 0,31% para 1,3471 dólares e perde de forma modesta face ao euro, depois de se saber que a inflação no Reino Unido desacelerou para 3,4% em maio e também um dia antes de mais uma decisão do Banco de Inglaterra. No mês passado, a entidade baixou as taxas de juro de 4,5% para 4,25%, a primeira redução desde fevereiro.
Ouro inalterado e platina bate máximos de quatro anos
Os preços do ouro estão a negociar sem grandes alterações esta tarde, enquanto os investidores pesam o risco dos novos desenvolvimentos da guerra entre Irão e Israel, ao mesmo tempo que esperam pelos comentários do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, sobre o futuro da economia dos EUA.
O metal amarelo recua ligeiros 0,06% para 3.385,92 dólares por onça.
O apetite pelo ouro é intensificado pelas tensões geopolíticas e pelas taxas de juro mais baixas. Mas, os preços do metal perderam força após, na sessão desta segunda-feira, terem ficado perto do recorde estabelecido em abril. O Goldman Sachs disse, numa nota citada pela Reuters, que o interesse do mercado mudou para outros metais preciosos.
Depois de esta manhã a prata ter batido um novo máximo histórico, nos 37,405 dólares, também a platina sobe a esta hora 3,71% para 1.310,97 dólares, um recorde desde fevereiro de 2021. O Goldman Sachs diz, no entanto, que estas subidas são "especulativas e carecem de suporte".
Crude muda de direção e perde mais de 1,5% antes da Fed
Os preços do petróleo estão a negociar com perdas esta quarta-feira, após uma subida no início da sessão, enquanto os investidores avaliam a possibilidade de interrupções no fornecimento de "ouro negro" devido ao conflito que opõe o Irão e Israel e o potencial envolvimento direto dos EUA.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – recua 1,63% para os 73,62 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 1,77% para os 75,10 dólares por barril.
Ambas as referências valorizaram mais de 4% na última sessão, mas hoje as cotações mudaram de rumo após o Presidente dos EUA, Donald Trump, se ter recusado a responder se os EUA estavam a planear atacar o Irão ou as suas instalações nucleares. O republicano admitiu ainda que Teerão entrou em contacto com a Casa Branca, mas que sente que já "é muito tarde para conversar".
O envolvimento direto dos EUA ameaça intensificar o conflito no Médio Oriente, colocando as infraestruturas energéticas da região num grande nível risco de ataque. "As atenções do mercado continuam centradas no conflito em curso entre Israel e o Irão, que poderá vir a comprometer o fornecimento de petróleo a partir do Golfo Pérsico. Este risco para a oferta tem sido um dos principais impulsionadores da recente subida dos preços — uma dinâmica que poderá agravar-se em caso de nova escalada, especialmente se as exportações de petróleo e gás através do Estreito de Ormuz forem interrompidas", disse Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades, numa nota a que o Negócios teve acesso.
Além de continuarem a acompanhar os desenvolvimentos no Médio Oriente, os investidores vão ainda estar atentos ao comentários de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos EUA, que anuncia hoje mais uma decisão de política monetária. Não se preveem alterações nas taxas de juro, o que deverá atiçar Trump, que apelou esta qurta-feira a um corte de 2,5 pontos percentuais da taxa.
"Caso o banco central adote um tom mais cauteloso e 'dovish' face aos recentes desenvolvimentos geopolíticos, sinalizando maior predisposição para cortar juros, as expectativas de crescimento poderão ver-se impulsionadas. Tal daria abertura a uma melhoria das perspetivas para a procura de petróleo e ofereceria suporte adicional aos preços", acrescentou o mesmo analista.
Wall Street sem rumo em dia de decisão da Fed
Os principais índices norte-americanos abriram com ganhos moderados esta quarta-feira, antes da decisão de política monetária da Reserva Federal (Fed), enquanto o conflito entre Israel e o Irão, que vai já no sexto dia, mantém os investidores nervosos.
Nos primeiros minutos de negociação, o S&P 500 subia modestos 0,03% para 5.984,40 pontos, enquanto o industrial Dow Jones negociava inalterado em 42.215,44 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite caía 0,04% para 19.513,49 pontos.
Não se esperam alterações do banco central nas taxas de juro pela quarta vez consecutiva, portanto, os investidores vão se focar nos comentários do presidente da Fed, Jerome Powell, para avaliar como planeiam fazer frente ao risco de inflação, que continua a ser uma preocupação para a Fed, sobretudo depois das tarifas impostas pela Casa Branca.
Na frente geopolítica, o líder do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, afirmou que não vai ceder à vontade de Israel, desafiando ainda o presidente dos EUA, Donald Trump, que exigiu que Teerão se rendesse “de forma incondicional”. As palavras de Trump levantaram especulações entre o mercado de que Washington pode juntar-se aos ataques israelitas, envolvendo ainda mais os EUA no conflito no médio Oriente. “Os norte-americanos devem saber que qualquer incursão militar dos Estados Unidos resultará em danos irreparáveis”, disse Khamenei esta quarta-feira.
Entre os principais movimentos de mercado, a Marvell Technology soma mais de 8%, com revisões em alta por parte de alguns analistas após um evento da empresa focado em inteligência artificial.
Euribor desce a três, a seis e a 12 meses
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses e permaneceu acima de 2% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,014%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,061%) e a 12 meses (2,099%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 2,061%, menos 0,010 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também baixou, ao ser fixada em 2,099%, menos 0,012 pontos do que na terça-feira.
A Euribor a três meses, que esteve abaixo de 2% entre 30 de maio e 12 de junho, também baixou hoje para 2,014%, menos 0,009 pontos.
Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).
A média da Euribor em maio desceu 0,162 pontos para 2,087% a três meses, 0,086 pontos para 2,116% a seis meses e 0,062 pontos para 2,081% a 12 meses.
Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.
Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.
A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa negoceia com ganhos modestos. Médio Oriente e Fed centram atenções
Os principais índices europeus negoceiam maioritariamente com ganhos a esta hora, depois de terem caído no início da sessão, com a especulação crescente de que os EUA poderão envolver-se de forma mais direta no conflito entre Israel e o Irão. Os investidores aguardam agora pela decisão de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana no final do dia.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – soma modestos 0,03% para os 542,40 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX avança 0,21%, o britânico FTSE 100 ganha 0,20%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,40%, o italiano FTSEMIB sobe 0,39% e o francês CAC-40 soma 0,02%. A destoar deste cenário está o holandês AEX que regista perdas de 0,14% .
O Presidente norte-americano, Donald Trump, reuniu-se com a sua equipa de segurança nacional em Washington, na terça-feira, para discutir o conflito no Médio Oriente e terá falado ainda com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.
Um potencial maior envolvimento dos EUA no conflito traz receios de que se possa assistir a uma escalada ainda mais acentuada dos preços do petróleo, situação que traz igualmente receios quanto ao controlo da inflação.
“As ações estão a negociar em baixa e, apesar de as reações às tensões geopolíticas serem frequentemente exageradas no início, continuamos muito cautelosos”, disse à Bloomberg Susana Cruz da Panmure Liberum. "A escalada do conflito entre Israel e Irão representa uma séria ameaça para o abastecimento mundial de petróleo e gás e pode desencadear outro impulso estagflacionista na Europa, no Reino Unido e nos EUA, muito semelhante ao que se verificou em 2022 após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O risco seria ainda maior se os EUA se envolvessem diretamente", acrescentou a especialista.
Em dia de decisão de política monetária nos EUA, espera-se que os membros da Fed mantenham as taxas de juros inalteradas pela quarta reunião consecutiva. Os investidores prestarão muita atenção às declarações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, entre incertezas sobre qual será o impacto das tarifas na maior economia mundial. Neste plano, por cá, os índices europeus recuperaram desde o anúncio das tarifas de Trump em abril, com o principal índice de referência regional a subir 6,8% no conjunto do ano.
Entre os setores, a banca regista a maior valorização (+0,59%), enquanto o da saúde tem as perdas mais expressivas a esta hora (-0,76%).
Entre movimentos do mercado, a Airbus avança mais de 3%, após a fabricante de aeronaves ter dito que um dos seus objetivos será o pagamento de dividendos mais elevados. Já o UBS Group cede 1,66%, com o Morgan Stanley a reduzir a sua recomendação sobre o banco suíço, na sequência das novas exigências de capital impostas pela Suíça no início deste mês.
Juros das dívidas soberanas europeias registam agravamentos
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro seguem a registar agravamentos em toda a linha, numa altura em que os principais índices europeus negoceiam com ganhos modestos.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 1,1 pontos-base, para 3,050%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 1,2 pontos, para 3,174%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 1 ponto-base para 3,256%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 0,4 pontos para 2,535%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a tendência inversa e decrescem 1,5 pontos-base para 4,532% em vésperas de reunião do Banco de Inglaterra, num dia em que o índice de preços ao consumidor (IPC) no Reino Unido ficou em 3,4% nos doze meses até maio, abaixo dos 3,5% de abril.
Ouro recua ligeiramente com "traders" à espera de previsões de Powell
O ouro segue a negociar com perdas ligeiras numa sessão de negociação volátil, à medida que os investidores evitam fazer grandes apostas antes da decisão de política monetária da Reserva Federal dos EUA, mantendo, também, uma atenção redobrada aos desenvolvimentos em torno do conflito entre Israel e o Irão.
O ouro cede esta manhã 0,06%, para os 3.386,190 dólares por onça.
"O ouro flutuou com os investidores a acompanharem a escalada do risco no Médio Oriente. Os fracos relatórios norte-americanos sobre as vendas a retalho, a habitação e a produção industrial reforçaram a hipótese de a Reserva Federal reduzir as taxas ainda este ano", afirmaram analistas do ANZ numa nota citada pela Reuters.
Na terça-feira, dados mostraram que as vendas a retalho nos EUA caíram mais do que o esperado em maio, devido a um declínio nas compras de veículos motorizados, à medida que a corrida ao consumo para evitar potenciais aumentos de preços relacionados com as tarifas diminuiu.
Entretanto, espera-se que o banco central dos EUA deixe as taxas de juro inalteradas no final da sua reunião de política monetária. As atenções estarão centradas nas projeções atualizadas da Fed para a economia e para a taxa de juro de referência, sendo que o ouro beneficia de taxas diretoras mais baixas, já que não rende juros.
Dólar perde terreno com "traders" a aguardar pela Fed
O dólar segue a perder em relação à maioria das principais divisas nesta quarta-feira, à medida que os combates entre Israel e o Irão deixaram os investidores apreensivos antes de uma aguardada decisão da Reserva Federal (Fed) norte-americana sobre as taxas de juros, prevista para esta tarde.
O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – perde a esta hora 0,22% para os 98,607 pontos.
No contexto do conflito e de especulação de que os EUA poderão envolver-se, o dólar tem encontrado apoio enquanto ativo refúgio, tendo valorizado cerca de 1% face ao iene japonês, ao franco suíço e ao euro desde quinta-feira, ajudando a reduzir as perdas registadas desde o início do ano.
A “nota verde” tinha perdido mais de 8% desde o início do ano devido à crescente falta de confiança na economia dos EUA, motivada pelas políticas comerciais do Presidente Donald Trump.
"O dólar continua a ser um refúgio seguro devido à sua profundidade e liquidez; portanto, sim, as forças estruturais estão a diluir o papel do dólar como valor de refúgio, mas não o estão a eliminar por completo", explicou à Reuters Rodrigo Catril, do National Australia Bank.
A esta hora, o iene segue a ganhar face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” desvaloriza 0,21% para os 144,980 ienes.
Dados recentes mostraram que a economia dos EUA continua a abrandar, à medida que o estilo errático de tomada de decisões de Trump alimenta a incerteza.
Os "traders" esperam que o banco central dos EUA mantenha as taxas de juro inalteradas e estarão atentos às perspetivas da Fed quanto às taxas de juro para este ano e ao estado geral da economia.
Por cá, a “moeda única” ganha 0,30% para 1,151 dólares, enquanto a libra recua 0,22% para os 1,346 dólares.
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