Europa regressa ao verde e Wall Street avança. Todos estão de olhos postos na Fed
Petróleo e gás disparam com escalar de guerra na Ucrânia
Ouro recupera com discurso de Putin
Euro no valor mais baixo em duas semanas face ao dólar
Juros aliviam, após dois dias de agravamento
Europa mista com palavras de Putin e reunião da Fed
Wall Street abre no verde, de mira posta na Fed
Powell e Putin inflamam dólar e atiram euro ao chão
Ouro avança impulsionado por discurso de presidente russo
Discurso de Putin inflama petróleo
Juros alivam após discurso de Putin
Europa recupera em dia de anúncio da Fed
- Europa permanece em terreno negativo. Ásia negativa com dólar a ganhar força
- Petróleo e gás disparam com escalar de guerra na Ucrânia
- Ouro recupera com discurso de Putin
- Euro no valor mais baixo em duas semanas face ao dólar
- Juros aliviam, após dois dias de agravamento
- Europa mista com palavras de Putin e reunião da Fed
- Wall Street abre no verde, de mira posta na Fed
- Powell e Putin inflamam dólar e atiram euro ao chão
- Ouro avança impulsionado por discurso de presidente russo
- Discurso de Putin inflama petróleo
- Juros alivam após discurso de Putin
- Europa recupera em dia de anúncio da Fed
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em terreno negativo, no dia em que é conhecido o resultado da reunião de dois dias de política monetária da Reserva Federal norte-americana, que deverá culminar numa subida das taxas de juro, resta saber se em 75 ou 100 pontos base.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,17%.
Esta segunda-feira o economista Nouriel Roubini, conhecido como profeta da desgraça mostrou grande pessimismo em relação à economia global, uma vez que espera uma recessão "longa e feia".
Quanto ao desempenho do principal índice bolsista de Wall Street, Roubini revela que a queda no Standard & Poor's 500 pode chegar aos 40%.
Na Ásia, a negociação não foi diferente e o índice agregador das praças da Região, o MSCI Asia Pacific, tombou 1,2%. A pressionar esteve o setor da tecnologia, que é normalmente mais prejudicado por uma política monetária mais agressiva.
Ao mesmo tempo, a força do dólar tem levado várias divisas asiáticas a mínimos de vários anos, aumentando a "fraqueza do mercado acionista", revela o analista Banny Lam, da CEB International Investment, à Bloomberg.
Pela China, o Shangai Composite derrapou 0,6%, enquanto que no Japão o Topix perdeu 1,2%, bem como o Nikkei. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,5% e na Coreia do Sul, o Kospi desceu 0,9%.
O petróleo disparou esta quarta-feira, na sequência do discurso de Vladimir Putin. O presidente russo anunciou uma mobilização parcial das forças russas, alegando que as forças do país enfrentavam uma ofensiva militar a oeste na fronteira com a Ucrânia.
O "ouro negro" reagiu em alta a estas declarações, uma vez que este escalar da guerra pode levar a mais disrupções energéticas.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, pula 2,12% para 92,54 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, escala 2,18% para 85,77 dólares por barril.
"O mercado do petróleo está a negociar ao sabor da geopolítica esta manhã", revela o analista Ole Hansen, do Saxo Bank, à Bloomberg.
O discurso de Putin revela que o mercado está "mais uma vez a assistir a receios relativos à oferta a contrariarem o foco do mercado na reunião da Fed e com isso o risco de menor crescimento [económico] e procura", esclarece ainda.
O mercado do gás reagiu da mesma forma após as palavras de Putin e escalou. Mesmo com os apoios governamentais à crise energética que se vive na Europa, os receios sobre o fornecimento desta matéria-prima continuam a pautar a negociação.
Ao mesmo tempo, a Alemanha anunciou esta terça-feira que ia nacionalizar a Uniper, a maior importadora de gás do país, para evitar um colapso no setor energético. O processo deverá ser concluído dentro de poucos dias.
Os futuros a um mês negociados em Amesterdão (TZT) - referência para o mercado europeu – chegaram a subir 7,1%, mas escalam agora 5% para 204 euros por megawatt-hora.
O ouro, que tem sido fortemente penalizado pela política monetária, uma vez que não rende juros, esteve esta manhã perto do valor mais baixo em dois anos. No entanto, a rota foi invertida após o discurso de Putin à nação. O presidente russo anunciou uma mobilização parcial do exército.
O metal precioso soma 0,38% para 1.671,15 dólares por onça, estando ainda a negociar abaixo da "zona de perigo" nos 1.700 dólares.
"O sentimento tem sido de baixa quase a um ponto de fatiga", explica a analista Avtar Sandu, da Philip Nova, numa nota vista pela Bloomberg.
Ao mesmo tempo, "os preços do ouro têm estado a ser consolidados nas últimas semanas, com os traders a posicionarem-se para um ambiente de subida das taxas de juro", indica ainda.
O dólar está a valorizar, em antecipação a uma subida das taxas de juro por parte da Fed esta quarta-feira.
Ao mesmo tempo, o euro atingiu o valor mais baixo em duas semanas, com as palavras do presidente russo, que quer "usar todos os meios disponíveis para defender território russo".
O dólar ganha 0,63% para 0,9906 euros, estando a moeda única a negociar abaixo da paridade, algo que tem sido recorrente com os ganhos da divisa norte-americana.
O índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da "nota verde" contra dez divisas rivais, sobe 0,47% para 110,73 pontos.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar, na sequência de dois dias de agravamento, após palavras de Vladimir Putin, que pretende escalar a guerra na Ucrânia ao mobilizar parcialmente as tropas russas.
Já esta terça-feira, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, reiterou mais uma vez que os próximos aumentos das taxas de juro diretoras vão depender da evolução da taxa de inflação na Europa.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos, referência para a região, recua 7,3 pontos base para 1,846%. Os juros da dívida francesa, que atingiram ontem um máximo de 2014 perdem 6,5 pontos base para 2,406%.
Já a "yield" da dívida soberana de Itália com a mesma maturidade alivia 7 pontos base para 4,107% e os juros da dívida espanhola cedem 6,2 pontos base para 2,994%.
Por cá, a "yield" da dívida portuguesa com a mesma maturidade alivia 6,5 pontos base, fixando-se nos 2,875%.
Os principais índices bolsistas do Velho Continente estão a negociar mistos esta quarta-feira, a pesar tanto as palavras de Putin, bem como a subida das taxas de juro do lado de lá do atlântico, por parte da Reserva Federal norte-americana.
O índice de referência da região, Stoxx 600, soma 0,11% para 403,85 pontos. A registar os maiores ganhos está o petróleo e gás, bem como o setor mineiro, os únicos que ganham acima de 1%. Nas perdas, a maior queda é no setor das viagens, seguido pelo automóvel.
Entre os principais movimentos de mercado está a Uniper, que tombou 21%, depois do governo ter anunciado a nacionalização da empresa, para resgatar a energética.
"As ações europeias vão estar num modo de esperar e ver, uma vez que os mercados vão estar ofuscados pelo anúncio da Fed depois do fecho", explicou Joachim Klement, analista da Liberum Capital, à Bloomberg.
Ao mesmo tempo, a guerra também entra na equação - "enquanto que uma resolução do conflito antes ou durante o inverno era improvável, a esperança de uma resolução já não existe e por isso o mercado vai estar a incorporar um inverno difícil e um conflito mais extenso", aponta ainda.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perde 0,44%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,38% e o espanhol IBE 35 recua 0,1%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,96%.
A registar ganhos está o italiano FTSEMIB que sobe 0,44%, bem como o britânico FTSE 100 que ganha 0,42%.
Wall Street abriu em terreno positivo, no dia em que termina a reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana e onde será divulgada a subida das taxas de juro diretoras.
O consenso de mercado aponta para 75 pontos base, mas um aumento de 100 pontos base não está a ser descartado, naquela que será a quinta subida das taxas de referência por parte da Fed desde o início de 2022.
O Dow Jones avança 0,73%, para os 30.931,74 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 sobe 0,67%, para 3.855,93 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,33%, para os 11.476,10 pontos.
Os investidores estão ainda a avaliar a escalada nos preços da energia, depois do petróleo ter chegado a subir 3% na negociação desta quarta-feira, na sequência de um anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, de que quer mobilizar parcialmente as forças russas.
A subida nos custos da energia poderá impactar os resultados das empresas, podendo também levar a revisões em baixa dos lucros, revelaram analistas da BlackRock. "Vamos ver reduções bastante substanciais para 2023", apontam ainda.
O discurso de Vladimir Putin, durante o qual o chefe de Estado russo anunciou uma "mobilização militar parcial" na Ucrânia, pressionou o euro face ao dólar, já que os investidores foram motivados a procurar ativos refúgio, como é o caso da nota verde e do ouro.
A moeda única está ainda a sofrer com a antecipação do mercado e dos analistas sobre a reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), cujo o desfecho será dado a conhecer às 19h, hora de Lisboa.
O euro segue a perder 0,60% para 0,9911 dólares, depois de ter tocado durante a sessão em 0,9895 dólares, renovando assim mínimos de duas semanas. Desde o início do ano, o euro já desvalorizou 13% contra o dólar.
Por seu lado, o índice do dólar da Bloomberg - um indicador que mede a força do "green cash" contra 10 divisas rivais - soma 0,46% para 110,72 pontos.
O presidente russo discursou na manhã desta quarta-feira ao povo russo, prometendo "apoiar aqueles que o regime de Kiev transformou em reféns" e anunciando um recrutamento parcial.
Por sua vez, os investidores preparam-se para a decisão do banco central liderado por Jerome Powell. O mercado especula a possibilidade de um aumento entre 75 e 100 pontos base da taxa de fundos federais, para fazer frente à inflação.
A taxa de juro de referência está, atualmente, fixada num intervalo entre 2,25% e 2,50%.
O ouro está a valorizar, apesar do avanço do dólar, numa altura em que os investidores procuraram os ativos-refúgio depois de o presidente russo ter anunciado o reforço de tropas na guerra contra a Ucrânia.
O metal amarelo avança 0,43% para 1.671,99 dólares por onça, ao passo que o paládio cresce 0,69% para 2.185,80 dólares e a platina cede 0,55% para 919,36 dólares.
"O sentimento tem sido pessimista, quase a um ponto de fatiga", explica a analista Avtar Sandu, da Philip Nova, numa nota vista pela Bloomberg.
"O sentimento tem sido pessimista, quase a um ponto de fatiga", explica a analista Avtar Sandu, da Philip Nova, numa nota vista pela Bloomberg.
Os investidores estão agora menos otimistas, com os Exchange-Traded Funds (ETF) - produtos negociados em bolsa cujo principal objectivo é replicar o desempenho de um determinado índice, commodity ou cesto de ativos - a sofrerem na terça-feira a maior movimentação em sete semanas.
O petróleo valoriza no mercado internacional horas antes da reunião da Fed, impulsionado pelo discurso de Vladimir Putin sobre os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia.
O West Texas Intermediate (WTI) sobe 0,86% para 84,86 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para o mercado europeu – ganha 1% para 91,53 dólares por barril.
Segundo as contas da Bloomberg, o petróleo está a caminho da primeira perda trimestral em dois anos. A preocupação dos investidores relativamente ao possível abrandamento económico está a pressionar o ouro negro.
Por outro lado, também a China está a pressionar a cotação do petróleo, já que Pequim emitiu uma nova quota para a exportação de combustíveis refinados, de acordo com uma fonte da indústria, citada pela agência norte-americana.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram, depois de dois dias a agravar e após o discurso do Presidente russo, que pretende escalar a guerra na Ucrânia ao lançar uma nova mobilização das suas forças.
Já esta terça-feira, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, reiterou mais uma vez que os próximos aumentos das taxas de juro diretoras vão depender da evolução da taxa de inflação na Europa.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos, referência para a região, recua 3,4 pontos base para 1,886%. Os juros da dívida francesa, que atingiram ontem um máximo de 2014 perdem 3,2 pontos base para 2,440%.
Já a "yield" da dívida soberana de Itália com a mesma maturidade alivia 6,2 pontos base para 4,115% e os juros da dívida espanhola cedem 4,2 pontos base para 3,013%.
Por cá, a "yield" da dívida portuguesa com a mesma maturidade alivia 3,2 pontos base, fixando-se nos 2,908%.
Após seis dias de quedas, as bolsas europeias fecharam em terreno positivo, com o índice de referência, o Stoxx 600 a avançar 0,90%, para os 407,05 pontos, com os investidores a anteciparem outra grande subida das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana.
Os setores das 'utilities' (gás, luz e água), indústria e gás e petróleo foram os que mais ganharam.
Entre as principais praças europeias, em Frankfurt o DAX 30 subiu 0,76%, o parisiense CAC 40 ganhou 0,87%, o milanês FTSEMIB 30 valorizou 1,20% e o londrino FTSE 100 avançou 0,63%. Só o espanhol IBEX 35 sofreu perdas, de 0,01%
A energética alemã Uniper, cuja nacionalização foi hoje anunciada, caiu para mínimos recorde. Já a maior acionista da Uniper, a finlandesa Fortum Oyj, viu as ações dispararem, depois do anúncio do governo alemão de que iria comprar a sua participação.
Espera-se que o banco central norte-americano anuncie hoje a subida das taxas de juro em 75 pontos base, o valor mais alto desde a crise financeira de 2008.
"Se tivermos algum sinal de [Jerome] Powell de que está preocupado com um abrandamento da economia, as más notícias poderão ser boas notícias para os mercados, se for sugerido que o banco central pode aliviar as agressivas taxas de juro por receios de uma recessão", diz à Bloomberg Victoria Scholar, chefe de investimenos no Interactive Investor.
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