Banca europeia regista pior dia em mais de um ano

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
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Andy Rain/EPA
Sílvia Abreu e Diogo Mendo Fernandes e Fábio Carvalho da Silva 13 de Março de 2023 às 17:34
Últimos eventos
Europa aponta para o verde. Ásia fecha mista

As bolsas europeias apontam para um arranque de sessão em terreno positivo, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a subirem 0,4%. 

As atenções dos investidores esta semana estão centradas na reunião do Banco Central Europeu, que anuncia na quinta-feira uma nova subida das taxas de juro. 

Na Ásia, a negociação encerrou mista, com o setor financeiro a ser o que mais pesou no Japão. A pressionar está o colapso do SVB, cuja maioria dos clientes são startups do setor tecnológico, como a Shopify e o Pinterest.

Em Hong Kong e na China Continental as ações subiram, impulsionadas por sinais de que a política monetária vai manter-se estável, uma vez que o governador do banco central, Yi Gang, e os ministros das Finanças e do Comércio vão manter-se nos cargos.

Em Hong Kong e na China Continental as ações subiram, impulsionadas por sinais de que a política monetária vai manter-se estável, uma vez que o governador do banco central, Yi Gang, e os ministros das Finanças e do Comércio vão manter-se nos cargos.

Na China, Xangai subiu 1,20% e, em Hong Kong, o tecnológico Hang Seng somou 1,45%. No Japão, o Nikkei caiu 1,11% e o Topix recuou 1,51%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,67%.

Petróleo valoriza. Preço do gás cai com temperaturas mais altas

Os preços do petróleo seguem a valorizar, após alguma volatilidade sentida na sequência do colapso do Silicon Valley Bank. O banco, que era o 16.º maior banco dos EUA por ativos, afundou em dois dias, o que lançou instabilidade nos mercados.

O West Texas Intermediate - referência para os Estados Unidos - sobe 0,46% para 77,03 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte - negociado em Londres e referência para as importações europeias - soma 0,45% para 83,15 dólares por barril.

As autoridades norte-americanas anunciaram na noite de domingo esforços para fortalecer a confiança no sistema bancário e o Goldman Sachs antecipa agora que a Fed vá ser mais branda na subida das taxas de juro, devido à turbulência sentida nos mercados. Os sucessivos acontecimentos colocaram o dólar em queda, fornecendo algum alívio às "commodities".

No mercado do gás natural, os preços seguem a cair, pressionados por um aumento da temperatura que está a levar a uma redução de consumo de energia. Prevê-se que as temperaturas se mantenham mais quentes do que o habitual para esta altura do ano nos próximos dias.

O gás negociado em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – cede 7,9%, para 48,65 euros por megawatt-hora.

Incerteza após colapso do Silicon Valley Bank dá força a ouro

O ouro segue a valorizar, numa altura em que o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) levou a uma maior procura por ativos-refúgio. Além da insegurança em torno do sistema bancário, o metal precioso está também a beneficiar das previsões de que a Fed não deverá subir as taxas de juro em março. 

O ouro valoriza 0,72% para 1.881,69 dólares por onça, enquanto a platina valoriza 0,09% para 965,76 dólares, o paládio soma 1,03% para 1.398,27 dólares e a prata avança 1,09% para 20,76 dólares.

O colapso do banco norte-americano desencadeou receios quanto à possibilidade de que se venham a sentir efeitos em todo o sistema financeiro, o que levou as autoridades norte-americanas a agir.

Na noite de domingo, o departamento do Tesouro, a Fed e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) fizeram um comunicado conjunto em que asseguraram que todo o dinheiro depositado no SVB estará disponível esta segunda-feira.

O ouro valoriza 0,72% para 1.881,69 dólares por onça, enquanto a platina valoriza 0,09% para 965,76 dólares, o paládio soma 1,03% para 1.398,27 dólares e a prata avança 1,09% para 20,76 dólares.

O colapso do banco norte-americano desencadeou receios quanto à possibilidade de que se venham a sentir efeitos em todo o sistema financeiro, o que levou as autoridades norte-americanas a agir.

Euro valoriza face ao dólar

O euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a subir 0,50% para 1,0696 dólares. 

A moeda norte-americana perde força, numa altura em que se espera que a medida anunciada no domingo pelas autoridades dos Estados Unidos - de assegurar que o dinheiro depositado no banco estará disponível esta segunda-feira - reduza o impacto do colapso do Silicon Valley Bank, refere Teppei Ino, responsável pela divisão de mercados globais no banco MUFG.

Juros aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a aliviar, numa altura em que a incerteza criada pelo colapso do Silicon Valley Bank está a levar a uma maior procura por ativos com menor risco, como as obrigações.

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos recuam 20 pontos base para 2,301% e os juros da dívida pública italiana cedem 14 pontos base para 4,166%. 

Os juros da dívida portuguesa aliviam 17,8 pontos base para 3,193%, os juros da dívida francesa caem 18,6 pontos base para 2,820 e a "yield" da dívida espanhola desce 18 pontos base para 3,357%.

Fora da região, os juros da dívida britânica recuam 16,5 pontos base para 3,469%.

O Banco Central Europeu reúne-se esta semana para um novo encontro sobre política monetária, sendo que até ao colapso do banco norte-americano a expectativa era que da reunião saísse uma nova subida das taxas de juro. A situação alterou-se e o mercado acredita agora que os bancos centrais podem abrandar os aumentos, tendo em conta a instabilidade criada.

Europa em queda livre com colapso do Silicon Valley Bank

As bolsas europeias seguem a perder, numa altura em que os investidores tentam antecipar que repercussões terá o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), nos Estados Unidos.

O Stoxx 600, referência para a região, cai 1,86% para 445,34 pontos, com todos os setores no vermelho. O setor da banca é o que mais perde, com uma queda de perto de 4%. Entre as principais movimentações, o Commerzbank AG, o Banco BPM e o Virgin Money UK são os que mais caem.

Nas principais praças europeias, o alemão Dax cede 2,16%, o espanhol Ibex 35 recua 2,60%, o italiano FTSE Mib cai 3,24%, o francês CAC-40 desvaloriza 2,73% e o britânico FTSE 100 recua 1,73%. O Aex, em Amesterdão, tomba 2,49%.

Apesar de as autoridades norte-americanas terem assegurado que o dinheiro depositado no SVB estará disponível esta segunda-feira, o sentimento nos mercados permanece instável. Os investidores estão também atentos à decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os próximos passos em termos de política monetária, que será anunciada esta quinta-feira, 16 de março.

Taxa Euribor inverte tendência e cai a três, seis e 12 meses

A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira.

A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 3,858%, menos 0,095 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março.

Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.

Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também baixou hoje, para 3,375%, menos 0,070 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 09 de março.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, baixou hoje, ao ser fixada em 2,957%, menos 0,021 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 2,978%, verificado em 10 de março.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Wall Street tomba com as atenções centradas no sistema financeiro

As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, numa altura em que os investidores tentam perceber os possíveis efeitos do colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, nos Estados Unidos.

As autoridades norte-americanas anunciaram medidas para garantir a estabilidade do mercado financeiro e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também já veio assegurar que "os depósitos vão estar disponíveis e os salários dos trabalhadores destas empresas vão ser garantidos". Ainda assim, não foi o suficiente para resgatar os índices das quedas.

O S&P 500, índice de referência, desce 1,19% para 3.815,56 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite cede 1,26% para 10.997,98 pontos e o industrial Dow Jones cai 0,55% para 31.734,46 pontos. 

Após o "crash" destes dois bancos, o mercado reajustou as expectativas quanto aos próximos passos da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Se antes era dado como certo que da próxima reunião de política monetária sairia uma nova subida das taxas de juro, acredita-se agora que a autoridade monetária poderá agir diferente.

O Goldman Sachs divulgou hoje que prevê que a Fed pause o ciclo de subidas, tendo mantido a perspetiva de uma subida de 25 pontos base em maio, junho e julho.

Ouro sobe mais de 2% com aversão aos ativos de risco

O ouro está a negociar em forte alta, com os investidores a virarem-se para os ativos de refúgio, numa altura em que o colapso do Silicon Valley Bank está a pautar o sentimento vivido nos mercados.

Ao mesmo tempo, com as notícias da queda do SVB e do Signature Bank, os analistas preveem agora uma pausa no ciclo de subida das taxas de juro, justificada pela incerteza em torno do setor financeiro nos Estados Unidos.

O metal amarelo sobe 2,19% para 1.909,16 dólares por onça.

A divulgação da inflação nos Estados Unidos esta terça-feira poderá também influenciar a próxima decisão da Fed.

Dólar desvaloriza pelo terceiro dia. Ciclo de subida de juros da Fed com fim à vista

O dólar está a desvalorizar pela terceira sessão consecutiva, com os mercados a serem marcados pela queda do SVB (Silicon Valley Bank) - que está a levantar a possibilidade de uma desaceleração no ritmo da subida das taxas de juro.

O dólar perde 0,39% para 0,9324 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – perde 0,93% para 103,605 pontos.

Ao mesmo tempo, outras moedas consideradas ativos mais seguros, como o iene e o franco suíço, vão também valorizando.

Já a libra sobe 0,61% para 1,2154 dólares, após o HSBC ter anunciado a compra do braço britânico do SVB por uma libra. O Banco de Inglaterra também se pronunciou, afirmando que o sistema bancário está seguro e bem capitalizado.

Petróleo cede com receios de que reveses da banca se alastrem

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar no vermelho, numa sessão bastante volátil, com o colapso do Silicon Valley Bank a atingir os mercados acionistas e a suscitar receios de uma nova crise financeira.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cai 1,30% para 75,68 dólares por barril.

 

Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 1,14% para 81,84 dólares.

Juros da Zona Euro com forte alívio

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram a sessão em forte alívio, num dia marcado por uma enorme incerteza no setor da banca, desencadeada pelo colapso do Silicon Valley Bank, o que está a levar a uma maior procura por ativos com menor risco, como as obrigações.

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos recuou 25,4 pontos base para 2,247% - a maior queda desde 2011 -, ao passo que os juros da dívida pública italiana na mesma maturidade cederam 13,4 pontos base para 4,172%.

Os juros da dívida portuguesa aliviaram 19,1 pontos base para 3,18%, os da dívida francesa caíram 21,3 pontos base para 2,793% e a "yield" da dívida espanhola desceu 19,1 pontos base para 3,346%.

Fora da região, os juros da dívida britânica aliviaram 27,3 pontos base para 3,36%.

Banca europeia regista pior dia em mais de um ano

A Europa terminou a sessão a ampliar as perdas de sexta-feira, tendo registado a maior queda desde meados de dezembro. O setor da banca teve o pior dia dos últimos 12 meses, numa altura em que o mercado digere o colapso de três bancos em apenas cinco dias: Silicon Valley Bank, Silvergate e mais recentemente o Signature Bank.

 

O Stoxx 600 – o índice de referência do bloco – caiu 2,42% para 442,80 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o da banca e dos serviços financeiros comandaram as perdas, tendo o primeiro tombado quase 7%, como não era visto desde 4 de março do ano passado.

 

O Euro Stoxx 50 terminou o dia a desvalorizar 2,99% para 4.103,14 pontos, tendo o índice de volatilidade – um indicador da volatilidade esperada no mercado de ações, medido através da incorporação dos preços no mercado de opções – escalou 43%, tendo terminado o dia a aliviar para uma subida de 22%.

 

Entre as principais praças europeias, Milão – com maior exposição ao setor bancário – registou a maior queda (4,03%), seguida de Madrid (3,51%) e Frankfurt (3,04%). Paris perdeu 2,90%, Londres caiu 2,58% e Amesterdão desvalorizou 2,12%. Lisboa, que foi pressionada por uma queda de mais de 6% do BCP, terminou o dia a perder 2,15%.

 

O Commerzbank afundou quase 12%, o Sabadell desvalorizou 4,07% e o Unicredit  perdeu 9,01%. O Credit Suisse centrou atenções, tendo chegado a cair 15% durante a sessão e a alcançar mínimos históricos, tendo entretanto aliviado para uma queda de 9,58% -para 2,26 francos suíços.

 

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