Europa encerra sessão no verde. Petróleo a subir. Juros aliviam

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados esta segunda-feira.
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Bloomberg
Diogo Mendo Fernandes e Sílvia Abreu e Carla Pedro e Marta Velho 08 de Agosto de 2022 às 17:12
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Ásia mista. Europa aponta para ganhos

As principais praças da Ásia encerraram a negociação do primeiro dia da semana mistas, depois de terem registado ganhos pela terceira semana consecutiva, mesmo com a crescente tensão no estreito de Taiwan.

Isto depois de na semana passada terem sido divulgados dados positivos do emprego nos Estados Unidos, que abrem a porta a uma subida em 75 pontos base das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana.

Os índices de Hong Kong lideraram as perdas, mesmo depois de o governo ter reduzido a quarentena para viajantes estrangeiros de sete para três dias. Por outro lado, na província de Hainan, na China continental, os confinamentos que têm impedido a saída de milhares de turistas - um golpe para o retalho "duty-free" - também pesaram no sentimento dos investidores.

Na Ásia, a tecnologia pesou no Hang Seng em Hong Kong que perdeu 0,8%, à semelhança do homónimo Nasdaq na sexta-feira. Já Xangai cresceu 0,2%. No Japão, o Nikkei ganhou 0,2% e o Topix subiu 0,1%. Já na Coreia do Sul, o Kospi cedeu 0,1%.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,59%.

Na manhã desta segunda-feira os investidores vão estar atentos à divulgação de resultados de empresas antes da abertura dos mercados, incluindo a Siemens, a Porsche e a BioNTech.

Petróleo ganha, mas WTI permanece abaixo dos 90 dólares

O petróleo está a negociar com ganhos, tanto em Londres como em Nova Iorque, numa altura em que o mercado equaciona um possível aumento na procura.

O "ouro negro" negociado nos Estados Unidos, atingiu na semana passada os 90 dólares por barril, com os investidores de olhos postos noutros ativos, à medida que uma desaceleração económica pode vir a reduzir o uso desta matéria-prima. O WTI afundou perto de 10% na semana passada.

O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,85% para 95,73 dólares por barril. Por sua vez, o West Texas Intermediate (WTI) acresce 0,83% para 89,75 dólares por barril, ainda abaixo da linha dos 90 dólares.

O crude está "em baixa, mas não fora do jogo", é o que indicam analistas do Goldman Sachs, numa nota citada pela Bloomberg, em que reduziram o "outlook" desta matéria-prima. Os analistas preveem ainda que "o mercado de crude permaneça num défice insustentável ao preço atual".

Ouro na linha de água

O ouro está a negociar na linha de água, depois de ter registado na sexta-feira o valor mais baixo em duas semanas. Isto na sequência da divulgação de dados positivos do emprego nos Estados Unidos, que podem motivar uma subida mais agressiva das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed).

Ainda assim, este metal precioso tem estado a valorizar nas últimas semanas, no rescaldo do aumento de tensões entre a China e os Estados Unidos, depois da visita da Presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan.

O ouro cede 0,01% para 1.775,27 dólares por onça, enquanto a platina perde 0,24% para 933,98 dólares e o paládio avança 0,47% para 2.139,32 dólares.

A analista Ravindra Rao, da Kotak Securities, explica que o apoio à negociação do ouro dado pela tensão geopolítica está a ser "contrabalançado pela firmeza do dólar depois de uma divulgação robusta dos dados do emprego nos EUA e comentários mais 'agressivos' de membros da Fed".

Dólar cai face ao euro

O euro está a valorizar face ao dólar, depois da "nota verde" ter registado ganhos na sexta-feira, com dados do emprego nos Estados Unidos acima do esperado.

A moeda única europeia sobe 0,23% face ao dólar e ao iene. Já o dólar ganha 0,07% em relação à moeda japonesa, tendo registado esta segunda-feira o valor mais alto desde o final de julho.

O índice do dólar da Bloomberg – que compara a nota verde com 10 divisas rivais – perde 0,28% para 106,324 pontos, regressando às perdas.

Juros aliviam na Zona Euro. Itália é a que menos perde

Os juros estão a aliviar ligeiramente na Zona Euro. Itália é o que menos alivia depois da agência de rating Moody’s ter baixado o "outlook" para o país, justificando com a guerra na Ucrânia e saída do primeiro-ministro Mario Draghi.

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu – é a que mais alivia na Europa e subtrai 5,3 pontos base para 0,895%, seguindo o cenário da semana passada em que encerrou abaixo do patamar de 1%, algo que não era visto desde abril.

Os juros da dívida italiana com a mesma maturidade perdem uns ligeiros 0,4 pontos base para 3,007%.

Na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos cede 4,9 pontos base para 1,886% e é a segunda que mais alivia na região. Tal como os juros das Bunds alemãs, também a "yield" nacional fechou a semana abaixo de 2% - algo que não acontecia desde abril - e assim permanece.

Já os juros das obrigações espanholas a dez anos perdem 3,6 pontos base para 1,987%.

Europa recupera de pior dia em três semanas e acelera para ganhos

As principais praças da Europa ocidental abriram a negociação semanal em terreno positivo, com os investidores de olhos postos na demonstração de resultados trimestrais das empresas. Isto depois de o índice de referência, Stoxx 600, ter registado o pior dia em três semanas na sexta-feira, pressionado pelo setor tecnológico que tombou mais de 2%.

O índice de referência para o Velho Continente ganha 0,76% para 439,04 pontos, com todos os setores a negociarem no verde. A registar os maiores ganhos está o setor do petróleo e gás, seguido do setor mineiro e das "utilities" (água, luz, gás). Do outro lado, o setor alimentar, media e telecomunicações negoceiam a subir abaixo de 0,5%.

"Os mercados têm-se provado resilientes nas últimas semanas", explica Esty Dwek, analista do Flowbank à Bloomberg. "A Europa continua a surpreender pela positiva, mas a perspetiva de crescimento permanece negativa, sugerindo que o recente bom desempenho não deve durar até ao final do ano".

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax sobe 0,98%, o espanhol IBEX 35 avança 0,91%, o francês CAC-40 e o holandês AEX valorizam 0,71%. Já o britânico FTSE 100 soma 0,61% e o português PSI pula 0,74%.

O italiano FTSEMIB ganha 0,81%, mesmo depois da agência de rating Moody's ter baixado o "outlook" de crescimento económico para o país.

Wall Street arranca sessão pintada de verde

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta segunda-feira a sorrir, numa altura em que as "yields" das obrigações abrandaram do recente agravamento e o dólar caiu.

O S&P 500 arrancou a negociação no verde, após dois dias a cair, com os investidores a desvalorizar os resultados abaixo do esperado da gigante de "chips" Nvidia. A contribuir para os ganhos do "benchmark", que sobe 0,61% para 4170,53 pontos, está a Tesla, impulsionada pela aprovação de um lei histórica de impostos, clima e saúde no Senado norte-americano.

Já o industrial Dow Jones soma 0,71% para 33.034,82 pontos e o tecnológico Nasdaq avança 1,20% para 12.809,09 pontos.

Os investidores vão estar atentos aos dados da inflação à procura de pistas sobre os próximos passos da Reserva Federal dos Estados Unidos.

Os investidores vão estar atentos aos dados da inflação à procura de pistas sobre os próximos passos da Reserva Federal dos Estados Unidos.

Petróleo cai com receios de recessão

Os preços do "ouro negro" seguem em queda, com o panorama sombrio da economia mundial a ofuscar os dados económicos positivos provenientes hoje da China e dos Estados Unidos.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 0,36% para 94,58 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,67% para 88,41 dólares por barril.

 

O Brent perdeu mais de 13% no acumulado da semana passada, e continua agora a negociar em torno dos níveis mais baixos desde fevereiro, com os receios de uma recessão mundial a convidarem os investidores à prudência.

Ouro recupera após queda provocada por dados do emprego

O ouro segue a valorizar depois de na sexta-feira ter registado a maior descida em duas semanas. Isto na sequência da divulgação de dados positivos do emprego nos Estados Unidos, dando maior margem à Reserva Federal norte-americana (Fed) poderá continuar com a subida agressiva das taxas de juro.

Apesar do recuo na passada sexta-feira, o ouro tem estado a valorizar nas últimas semanas, beneficiando da escalada de tensão entre a China e os Estados Unidos após a visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a Taiwan. Sendo considerado um ativo-refúgio, o ouro tende a beneficiar de instabilidade geopolítica. 

O metal amarelo sobe 0,76% para 1.789,05 dólares por onça, enquanto a platina avança 1,03% para 945,95 dólares e o paládio cresce 5,70% para 2.250,57 dólares.

Resiliência das empresas dá arranque de semana positivo no Europa

As principais praças europeias encerraram a sessão desta segunda-feira no verde, com os investidores a darem um sinal positivo às contas das empresas. A época de apresentação de resultados aproxima-se do fim e as cotadas conseguiram mostrar resiliência face aos desafios da conjuntura.

Entre os principais índices, o alemão Dax somou 0,84%, o francês CAC-40 valorizou 0,80%, o italiano FTSEMIB avançou 0,62%, o britânico FTSE 100 subiu 0,57% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,28%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,71%. Lisboa liderou, a somar 1,35%.

Já o índice de referência para o bloco, o Stoxx 600 - que agrega as principais empresas europeias - avançou 0,74%, com o retalho e o setor automóvel a liderar, subindo 2,69% e 2,10% respetivamente. As telecom (-0,14%) e a saúde (-0,02%) foram os únicos setores no vermelho.

"Os mercados têm-se mostrado resilientes nas últimas semanas", indica à Bloomberg Esty Dwek, diretor de investimentos da Flowbank SA. "A Europa continua a surpreender pelo lado positivo, mas as perspectivas de crescimento permanecem terríveis, sugerindo que o desempenho recente não deve durar até o final do ano."

Juros aliviam na Zona Euro. Exceção é Itália

Apesar de as bolsas estarem a recuperar, os investidores continuam a apostar também em ativos mais seguros, como é o caso das obrigações soberanas – e a maior aposta na dívida faz descer os juros, cenário que hoje se verifica de novo na Zona Euro.

 

A exceção é Itália, cujas "yields" da dívida a 10 anos sobem 0,9 pontos base para 3,019%. A menor procura pelas obrigações soberanas transalpinas ocorre depois de a agência de rating Moody’s ter baixado na sexta-feira à noite o "outlook" para o país, justificando com a guerra na Ucrânia e saída do primeiro-ministro Mario Draghi.

 

Já os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a ceder 3,5 pontos base para 1,901%, ao passo que em Espanha, na mesma maturidade, recuam 3,6 pontos base para 1,987%.

 

A "yield" da dívida nacional fechou a semana passada abaixo de 2% - algo que não acontecia desde abril - e assim permanece.

 

As "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, seguem a mesma tendência, a aliviar 5,7 pontos base para 0,892%, repetindo assim o cenário da semana passada – em que fechou abaixo do patamar de 1%, algo que não era visto desde abril.

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