Europa fecha no vermelho. Tecnológicas pesam no Stoxx 600. Ventos da Fed pressionam petróleo
Petróleo soma depois de dois dias de quedas. Gás valoriza
Ouro soma, mesmo com possível manutenção de ritmo de subida das taxas de juro pela Fed
Dólar ganha face ao euro, depois de maior subida em duas semanas
Juros aliviam na Zona Euro
Europa mista, com Stoxx 600 no vermelho
Taxas Euribor sobem e a três e seis meses para máximos desde o início de 2009
Wall Street abre mista, ainda pressionada pela Fed
Ouro valoriza. Euro e dólar na linha d' água
Juros aliviam na Zona Euro
Ventos da Fed pressionam petróleo
Europa fecha no vermelho. Tecnológicas pesam no Stoxx 600
- Ásia mista. Europa aponta para perdas
- Petróleo soma depois de dois dias de quedas. Gás valoriza
- Ouro soma, mesmo com possível manutenção de ritmo de subida das taxas de juro pela Fed
- Dólar ganha face ao euro, depois de maior subida em duas semanas
- Juros aliviam na Zona Euro
- Europa mista, com Stoxx 600 no vermelho
- Taxas Euribor sobem e a três e seis meses para máximos desde o início de 2009
- Wall Street abre mista, ainda pressionada pela Fed
- Ouro valoriza. Euro e dólar na linha d' água
- Juros aliviam na Zona Euro
- Ventos da Fed pressionam petróleo
- Europa fecha no vermelho. Tecnológicas pesam no Stoxx 600
As principais praças europeias estão a um apontar para um início de negociação no vermelho, à medida que se aproxima a semana de decisões de política monetária tanto do Banco Central Europeu, como da Reserva Federal norte-americana e os investidores avaliam qual será o caminho a seguir.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,3%.
Na Ásia, os índices da região estiveram a negociar perto do valor mais baixo em uma semana, depois das ações chinesas terem perdido "momentum", com maior pressão dos Estados Unidos. Os dados divulgados esta segunda-feira sobre o setor dos serviços foram acima do esperado, colocando de novo em cima da mesa uma possível subida agressiva das taxas de juro por parte da Fed.
Apenas no Japão a negociação foi positiva, com os investidores a avaliaram comentários mais "dovish" por parte do governador Haruhiko Kuroda.
Pela China, Xangai avançou 0,1%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng desceu 0,9%. Pelo Japão, o Topix subiu 0,1% e o Nikkei ganhou 0,3%. Já na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,6%.
O petróleo está a valorizar depois de dois dias em queda, impulsionado por sinais de que a China se poderá estar a afastar da restrita política de covid-zero. Ao mesmo tempo, os investidores estão a analisar o tecto de 60 dólares imposto ao crude proveniente da Rússia.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, avança 0,32% para 77,18 dólares por barril, depois de ontem ter perdido 3,8%, ao passo que o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,47% para 83,07 dólares por barril.
Há incerteza "sobre quão rápido a China vai relaxar as suas medidas de covid e o impacto do embargo na UE e o tecto nos preços por parte do G7", explicou Warren Patterson, analista do ING, à Bloomberg.
"Por agora, dado que o tecto do G7 está acima dos valores onde os Urais [petróleo de referência russo] estão a negociar, esperamos que tenha pouco impacto direto", terminou.
No mercado do gás, os futuros estão a valorizar à medida que as temperaturas no Velho Continente vão arrefecendo. Ainda assim, os preços desta matéria-prima estão controlados devido aos níveis de armazenamento que se situam em 91%, um valor mais elevado que o normal para esta altura do ano.
Os contratos do gás a um ano negociados em Amesterdão (TTF), referência para o mercado europeu, sobem 3,9% para 140 euros por megawatt-hora.
O ouro está a valorizar com os investidores a analisarem dados relativos aos serviços revelados esta segunda-feira nos Estados Unidos, que foram acima do esperado e devem por isso fazer com que a Fed mantenha o ritmo de subida das taxas de juro.
O ouro soma 0,22% para 1.772,59 dólares por onça.
"A boa negociação do ouro nas últimas semanas é largamente baseada na fraqueza do dólar norte-americano e nas expectativas do mercado que a Fed iria começar a relaxar a política monetária antes do final de 2023", referiu à Bloomberg o analista Philip Klapwijk, da Precious Metal Insights.
O dólar está a valorizar em relação ao euro, numa altura em que está a ser beneficiado por uma possível manutenção da política monetária mais agressiva por parte da Fed. A nota verde registou assim o seu maior rally em duas semanas esta segunda-feira.
O dólar avança 0,085% para 0,9535 euros. Já o índice dólar da Bloomberg, que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais, valoriza 0,09%, para 105,388 pontos.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar, numa altura em que os investidores analisam comentários do presidente do banco central francês, Francois Villeroy de Galhau, que afirmou que era a favor de uma subida em 50 pontos base na reunião de dezembro do Banco Central Europeu, mas ao mesmo tempo aumentou o valor da taxa terminal das taxas de juro diretoras.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos - referência para a região - recuou 2,9 pontos base para 1,844%, enquanto os juros da dívida pública italiana perdem 5,2 pontos base para 3,686%.
Já os juros da dívida espanhola aliviam 4,4 pontos base para 2,822%, enquanto os juros da dívida francesa recuam 3,9 pontos base para 2,273%. Por cá, os juros da dívida pública portuguesa aliviam 3,9 pontos base para 2,738%.
Fora da Zona Euro, a "yield" da dívida britânica recua 1,3 pontos base para 3,081%.
As principais praças europeias abriram a negociar no vermelho, naquele que seria o terceiro dia de perdas, mas rapidamente algumas subiram a terreno positivo. A pesar na negociação estão perspetivas relativas à subida das taxas de juro tanto por parte da Fed como do BCE, na reunião de dezembro.
O Stoxx 600 - índice de referência que agrega as maiores empresas da Europa - desliza 0,07% para 441,16 pontos. O setor que mais penaliza é o petróleo e gás que perde 0,84%, seguido pelo automóvel e alimentar que recuam ambos 0,68%. Entre os principais índices da Europa Ocidental, o espanhol IBEX 35 perde 0,42%, o britânico FTSE 100 desce 0,10%, o italiano FTSEMIB recua 0,04%. Do lado dos ganhos, o francês CAC-40 valoriza 0,08%, em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,07% e o alemão Dax soma 0,04%.
As taxas Euribor subiram hoje a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira e nos dois prazos mais curtos para máximos desde o início de 2009.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,443%, mais 0,007 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também avançou hoje, ao ser fixada em 1,993%, mais 0,018 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro.
No prazo de 12 meses, a Euribor também subiu hoje, ao ser fixada em 2,870%, mais 0,029 pontos do que na segunda-feira, contra 2,892% em 28 e 29 de novembro, um máximo desde janeiro de 2009.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Wall Street está a negociar em terreno negativo, ainda pressionada por dados económicos relativos ao setor dos serviços que foram melhores que o esperado e abrem, por isso, a porta à possibilidade de uma manutenção do ritmo da subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana na reunião de dezembro.
O Dow Jones sobe 0,17%, para os 34.006,65 pontos, enquanto o S&P 500 desliza 0,01%, para os 3.998,35 pontos, seguindo ainda assim a caminho do melhor quarto trimestre desde 1999. Já o tecnológico Nasdaq Composite cede 0,25%, para os 11.212,26 pontos.
"Consideramos que as condições económicas para um ganho sustentado ainda não estão reunidas", explicou à Bloomberg o analista do UBS, Mark Haefele, ressalvando que o crescimento da economia está a desacelerar e os bancos centrais ainda estão a subir os juros diretores.
O ouro valoriza e euro e dólar seguem na linha d' água, numa altura em que os investidores digerem os mais recentes dados sobre o setor dos serviços nos EUA e continuam a monitorizar os desenvolvimentos da aplicação da política "zero covid-19" na China.
O indicador de força do dólar segue inclinado para terreno positivo, enquanto os investidores ainda digerem os dados económicos relativos ao setor dos serviços que foram melhores que o esperado e abrem, por isso, a porta à possibilidade de uma manutenção do ritmo da subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana na reunião de dezembro.
O índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - negoceia na linha d' água, mais inclinado para terreno positivo (0,09%) para 105,35 pontos.
Ainda assim, o euro valoriza ligeiramente perante a divisa norte-americana, subindo 0,03%, para 1,0502 dólares. Já o ouro sobe 0,17% para 1.771,42 dólares a onça.
Os juros da dívida soberana seguem a aliviar na Zona Euro, numa altura em que os investidores digerem os mais recentes comentários de membros do Banco Central Europeu. Alguns responsáveis sinalizaram que tanto a inflação como as taxas de juro poderão estar perto do pico.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos aliviam 8,1 pontos base para 1,792%, enquanto os juros da dívida soberana italiana cedem 8,5 pontos base para 3,653%.
Já os juros da dívida pública francesa recuam 6,6 pontos base para 2,246%, ao passo que a "yield" da dívida espanhola cai 7,5 pontos base para 2,791%. Por cá, os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade perdem 7,6 pontos base para 2,701%.
Fora da região, os juros da dívida britânica aliviam 2,7 pontos base para 3,067%.
Os preços do petróleo seguem a perder terreno, com o sentimento dos investidores ainda abalado pelos sinais de que os juros diretores dos EUA poderão continuar mais elevados durante mais tempo do que se previa.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 2,43% para 80,67 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 2,27% para 75,18 dólares.
As bolsas europeias fecharam a sessão em terreno negativo, com o Stoxx 600 a somar o terceiro dia consecutivo de perdas.
O "benchmark" Stoxx 600 caiu 0,58% para os 438,92 pontos, com os setores da tecnologia e automóvel a liderarem as quedas, 1,53% e 1,11%, respetivamente.
Nas praças europeias, o alemão Dax recuou 0,72%, o francês CAC-40 perdeu 0,14%, o italiano FTSE Mib desceu 1,15% e o britânico FTSE 100 desvalorizou 0,61%. Já o Aex, em Amesterdão, caiu 0,47%.
O período de ganhos a que se assistia nas bolsas europeias viu um travão após os dados acima do esperado nos Estados Unidos e uma inflação ainda muito elevada terem ofuscado o otimismo sobre o alívio das restrições na China e um possível abrandamento do ritmo da subida das taxas de juro.
Michael Hewson, analista na CMC Markets UK, considerou, em declarações à Bloomberg, que os recentes dados vindos do outro lado do Atlântico (como o emprego), atingiram de uma forma inesperada os mercados, que já davam como certo que o pico da inflação tinha passado.
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